Por quê estou vendo anúncios no DCO?

6 imagens que provam que Marighella era um viking

A direita foge de debates, mas gosta de levantar “discussões” estapafúrdias para animar a própria torcida. É mais fácil do que defender o programa dos golpistas no Brasil, que consiste em roubar o povo a céu aberto e esfolar os trabalhadores (veja-se o roubo da Previdência). Entre uma defesa do terraplanismo e outra do “liberalismo” (ideologia caduca correspondente a uma etapa anterior do capitalismo), a última da direita é afirmar que o guerrilheiro Carlos Marighella, assassinado covardemente pelos vermes da ditadura militar, não seria negro.

Não se trata de um problema de ilusão de ótica. As cores se influenciam mutuamente, sobre diferentes panos de fundo, a percepção de uma determinada cor pode variar. Mas o fenômeno que distorce a percepção coxinha da realidade é de outra natureza: o pano de fundo nesse caso é ideológico e político.

A questão foi levantada por causa do filme Marighella, dirigido por Wagner Moura, que teve sua estreia mundial, sob aplausos do público, no último dia 15, durante o Festival de Berlim. Para o papel de Marighella foi escolhido o ator e cantor Seu Jorge. Os terraplanistas não gostaram da escolha. Segundo eles, Marighella não era negro. A escolha de Seu Jorge para o papel, portanto, seria uma espécie de “manipulação”. Um “arjumento” utilizado por coxinhas é o de que na certidão de nascimento de Marighella consta que sua cor seria “branca”. Como se um pedaço de papel criasse a realidade.

O daltonismo voluntário tem razão de ser. Grande parte da população poderá se reconhecer no protagonista do filme. Do ponto de vista da direita, seria melhor evitar esse reconhecimento com uma personagem histórica que se levantou contra a tirania e não aceitou ser governado por canalhas vendilhões da pátria. É um problema que, no final das contas, a direita tem com toda a arte em geral, que de uma forma ou de outra frequentemente expressa inconformismo com a decadente sociedade capitalista, em crise terminal.

Diante dessas surpreendentes manifestações da direita sobre a cor de Marighella, resolvemos aceitar aqui provisoriamente a tese de que Marighella era branco para fins de argumentação. Marighella era branco. E vamos comprovar essa tese com imagens. (A quarta e a quinta imagem são postagens do biógrafo de Marighella, Mário Magalhães, no Twitter).

 

  1. De qual cidade da Islândia terá vindo Marighella?

  1. Olha, um viking!

  1. Wie geht’s?

  1. Apesar de branco, Marighella sofreu ataques racistas dos coxinhas da época (1)

  1. Apesar de branco, Marighella sofreu ataques racistas dos coxinhas da época (2)

6. A mãe de Marighella, Maria Rita

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.