Itália vive uma dura crise política. O presidente, ligado ao setor imperialista da União Européia, Sergio Mattarella, impediu o primeiro-ministro eleito pela coalização vencedora nas eleições (do movimento 5 estrelas e a Liga do Norte) de assumir ao cargo, pois o ministro da economia apontado por ele é um importante teórico da extrema-direita que critica a UE (União Europeia), e portanto propõe a saída do país desta toca neoliberal.
Diante da situação, a extrema-direita teria duas opções. Ou brigar contra o regime político europeu e provocar novas eleições, ou ceder às reivindicações do principal setor da burguesia imperialista e colocar um outro ministro da economia que não fosse favorável ao “Brexit” italiano. Escolheram capitular.
Isso comprova o caráter farsante da extrema-direita. A coalizão foi eleita por conta de duas campanhas principais: a política contra os imigrantes (demagógica e não tão popular) e a política contra a União Européia, extremamente popular diante da crise do regime político europeu. Abriram mão da principal campanha, revelando seu caráter farsante e demagógico.
Vale dizer que esta última campanha foi a principal culpada pela eleição da extrema-direita, já que de fato não tem mais como sustentar uma política pro-UE, que subjuga quase todos os países à Alemanha. Portanto, o que ficou colocado pela direita italiana é que o cargo vale mais que o projeto que levou ao cargo. Fica claro então que estes direitistas raivosos não são tudo aquilo que dizem ser.