Da redação – A luta pela liberdade do ex-presidente Lula, mantido preso político há mais de oito meses, após julgamento fraudulento, sem provas, foi uma das cinco resoluções aprovada pelos 1.200 sindicalistas de mais de 132 países no 4º Congresso Mundial da Confederação Sindical Internacional (CSI), que ocorreu entre os dias 2 e 7 de dezembro, em Copenhagen. Um importante passo para o aumento massivo dessa luta que precisa tomar as ruas do Brasil, sendo organizada nas bases sindicais, pela CUT – que soltou matéria nesta quinta-feira sobre a posição do congresso -, pelo PT, pelos movimentos sociais e pelos comitês junto a classe trabalhadora em geral.
Segundo as informações, as resoluções serão os eixos de luta do movimento sindical internacional nos próximos quatro anos e a luta pela liberdade de Lula será um dos compromissos.
“Milhares de trabalhadores e trabalhadoras em todo o mundo tem se manifestado contra a prisão arbitrária. Essa resolução, da maior instância da CSI, só reforça que a campanha Lula Livre estará presente nas nossas lutas no Brasil e também no mundo todo”, afirmou o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antônio Lisboa.
Segue o site do Congresso com os vídeos dos debates:
https://congress2018.ituc-csi.org/multimedia?lang=en
Manisfesto pela liberdade de Lula na íntegra traduzido em português:
Vivemos atualmente na América Latina e Caribe, um processo de judicialização da política onde o poder judiciário e as forças de segurança se arvoram em tutores dos partidos políticos, dos governos e das políticas públicas com viés conservador e de favorecimento às políticas neoliberais.
Desta forma rompem com o Estado democrático de direito e com as Constituições Nacionais em sua ânsia de neutralizar as lideranças populares por meio de manipulação e da coerção da justiça como vem ocorrendo em vários de nossos países.
O caso mais evidente e de maior repercussão é o do ex-Presidente Lula no Brasil que foi condenado e preso por supostamente receber um bem que nunca lhe pertenceu e nos próximos meses ele enfrentará novas acusações do mesmo gênero.
Foi condenado e preso para que não pudesse disputar a eleição presidencial este ano, a qual certamente venceria conforme as pesquisas indicavam. A chicana representada pelas acusações contra ele e do resultado do julgamento acabam de ser desmascaradas com a nomeação do juiz que o condenou como ministro do governo que foi eleito.
Era a prova que faltava para que o mundo entenda que Lula é um prisioneiro político e não somente vítima de um erro judicial. Assim como ocorreu com outras personagens históricas que foram reprimidas e presas porque lutaram pela emancipação de seu povo e porque se opuseram ao racismo, ditaduras e outras formas de opressão, Lula está preso porque também lutou a vida inteira pela emancipação do povo brasileiro e durante sua Presidencia implementou políticas de combate à pobreza reconhecidas e admiradas no mundo todo, mas que as elites brasileiras nunca aceitaram.
A campanha do movimento sindical internacional pela liberdade de Lula faz parte de nossa luta intransigente pela democracia, pela justiça social, pela igualdade e pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
Lula Livre!