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Saiba como os trabalhadores derrotaram o fascismo no mundo inteiro na 43ª Universidade de Férias do PCO

Um fato pouco conhecido é que o fascismo foi derrotado em todos os países do mundo. Todo lugar onde apareceu um regime fascista, o governo acabou sendo derrubado. Do ponto de vista do moral dos militantes e do ponto de vista da luta política, esse fator é muito importante.

Esse fato demonstra que o fascismo pode ser derrotado. É importante para explicar os acontecimentos históricos e tirar o clima de depressão e paranoia que parte da esquerda está imersa no Brasil, por conta da posse do fascista Jair Bolsonaro e dos militares golpistas.

Por isso, iremos demonstrar aqui alguns exemplos de como os fascistas foram derrotados nos mais diversos países e continentes.

Brasil, a revoada das galinhas verdes

Começando pelo Brasil. Do final da década de 20 e início dos anos 30, o crescimento da polarização política era intensa. Afinal, desde o início de 1920 até 1930, o Brasil estava vivendo um período revolucionário – que começou com os levantes militares (como no Rio de Janeiro, em São Paulo e a coluna Prestes) até chegar ao governo de Getúlio Vargas, em 1930.

Manchete do Jornal do Povo, que levou ao nome “Revoada das Galinhas Verdes”.

O partido comunista e os trotskistas cresciam muito, à medida em que a burguesia foi se deslocando para posições cada vez mais reacionárias, financiando os Integralistas – os fascistas brasileiros, inspirados por Mussolini. A luta política entre os dois setores foi intensa.

Em 7 de outubro de 1934, ocorreu a famosa Batalha da Sé. A Ação Integralista Brasileira (AIB) havia marcado para aquele dia um comício na praça da Sé, em São Paulo, para comemorar o aniversário de dois anos do Manifesto Integralista.

Sabendo do evento, a Frente Única Antifascista, fundada e liderada pelos trotskistas como forma de realizar uma ação unificada contra a extrema-direita, se direcionaram para a Sé para combater o avanço dos fascistas no Brasil.

O confronto entre os dois lados levou a uma fuga total dos Integralistas, que saíram correndo entre das balas que os perseguiam. Com isso, ficou conhecida a famosa manchete do Jornal do Povo – “Um Integralista não corre, voa…” – que mudou o nome do acontecimento para: A revoada das galinhas verdes. E com isso, o fascismo brasileiro foi totalmente acuado dentro da situação política brasileira.

Inglaterra, a Batalha de Cabble Street

Também na Inglaterra, o fascismo estava crescendo nos anos 30. A União Britânica de Fascistas estava ganhando cada vez mais aderentes dentro dos setores mais reacionários da pequena-burguesia e da burguesia britânica.

A batalha de Cabble Street

Em 4 de outubro de 1936, sob as ordens do líder fascista Oswald Mosley, os fascistas foram provocar os operários no bairro de East End, em Londres, realizando uma das marchas que costumavam realizar. O bairro era um reduto de operários, desempregados e imigrantes, onde o movimento comunista era muito poderoso.

A esquerda e os sindicatos chamaram no dia da manifestação fascista um contra-ato que foi ainda maior. À medida em que foram chegando, escoltados (como tradicionalmente) pelos policiais, perceberam que não estavam sendo bem recebidos pelos moradores do bairro. A própria polícia recomendou que os fascistas fossem embora, pois caso contrário a situação iria ficar feia para eles.

A revolta dos operários, que estavam armados, fez com que os fascistas fugissem, de forma com que os operários tiveram de bater nos policiais que estavam defendendo a manifestação da extrema-direita. O acontecimento ficou conhecido como Batalha de Cabble Street – pois ocorreu na rua deste nome, localizada no bairro. Esse foi o fim do fascismo inglês, que nunca mais realizou eventos públicos, com medo da reação popular.

Na Itália e na Alemanha, a luta armada do povo

Muita gente não sabe e acredita que foi o imperialismo norte-americano que derrotou os fascistas na Europa. Porém, isso é uma falsificação. A 2ª Guerra Mundial, de fato, foi importante no sentido de enfraquecer a forças dos países imperialistas.

Com a derrota e o enfraquecimento do fascismo alemão e italiano, cada vez surgiram movimentos de resistência armada surgindo contra os regimes que controlavam quase metade de todo o continente Europeu.

Partisans de armas na mão

Na Iugoslávia, que estava ocupada pela invasão nazista, o movimento guerrilheiro, liderado por Josip Broz Tito, realizou uma verdadeira luta revolucionária que derrubou o regime e instaurou um governo operário no país.

Movimentos com características semelhantes ocorreram tanto na França, ocupada pela Alemanha, quanto na Itália. Na França os partisans da Resistence ficaram conhecidos. Cidadãos armados saíram às ruas das principais cidades francesas para lutar contra a dominação nazista.

O movimento teve um características revolucionárias e, não fosse a capitulação do stalinismo, teria instaurado um regime socialista em um dos principais países imperialistas. O stalinismo se encontrava em um política de aliança com o imperialismo “democrático” e desarmou os operários e os trabalhadores franceses para que não tomassem o poder.

Na Itália, algo semelhante aconteceu. O exército de partisans armados, em sua maioria comunistas, derrubou o regime de Mussolini, na Itália. O movimento, também de características revolucionárias, derrubou o regime fascista, mas foi desarmado pelos stalinistas, que depois realizaram um governo de aliança com a direita “democrática”, absolvendo os juízes carrascos do regime fascista.

Já na Rússia e na Alemanha, foram as guerrilhas que surgiram do povo soviético, junto com o Exército Vermelho, que derrotaram os alemães. Camponeses e operários pegaram em armas para expulsar a invasão nazista e tomar a Alemanha, na medida em que a desorganização militar do stalinismo não dava conta sozinha de derrotar os militares fascistas.

43ª Universidade de Férias, Fascismo: o que é e como combatê-lo

Esses são apenas alguns exemplos. Poderíamos falar da queda do regime de Francisco Franco, que foi derrubado por grupos armados na Espanha, e da queda do ditador português, Salazar, em um processo que ficou conhecido como Revolução dos Cravos; e assim por diante.

Foto do acampamento da AJR, em Jundiaí (Agosto 2017).

Entretanto, todos esses acontecimentos serão aprofundados pela Universidade de Férias, a 43ª edição do mais tradicional curso de formação política marxista do Brasil, ministrado pelo presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta.

O curso será realizado em um formato diferente das aulas dadas em universidades e outros institutos de ensino da burguesia. Ao contrário o debate superficial e burocrático do ensino universitário, o curso será dado por aqueles que realizam na prática, cotidianamente, a luta política contra a burguesia e extrema-direita.

Por isso, não será apenas um debate raso sem objetivos concretos. O método marxista é a concepção da sociedade pela luta de classes, compreendendo a situação e os fenômenos à partir dos interesses reais das forças políticas em confronto; isto é, um método científico.

E a ciência nunca é desvinculada da prática. Nesse sentido, será um curso não apenas para entender, de fato, o que é o fascismo, mas também saber como combatê-lo. Por isso, o título do curso é baseado na obra do revolucionário russo, que orientou a luta contra o fascismo, “Fascismo: o que é e como combatê-lo”, de Leon Trótski.

Mas a Universidade de Férias não se resume a isso. Será também um momento de convivência entre os militantes da luta contra o golpe, suas famílias e seus amigos. Além do ambiente de estudo, os grupos de estudo e etc. os participantes da Universidade de Férias poderão desfrutar também de piscinas (ideal, em pleno verão), e de um amplo espaço do hotel-fazenda onde será realizado o curso e assim por diante.

Terão diversas atividades esportivas, como o tradicional campeonato de futebol, mas também torneios de xadrez, gincanas e várias outras atividades, como as palestras culturais e os cine-debates, sobre o tema do fascismo.

Um momento ideal para relaxar nas férias sem perder o foco da luta contra o golpe e o fascismo. Pois com o governo de Jair Bolsonaro a tendência é o desenvolvimento da extrema-direita no regime político, e para isso os militantes precisam estar prontos para enfrentá-la.

Por isso, participe da 43ª Universidade de Férias do PCO.

Entre em contato em: (11) 96388-6198

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