Dos 55 presos assassinados no interior dos presídios de Manaus, nos últimos dias 26 e 27 de maio, 22 eram presos provisórios. Ou seja, 40% do número total de mortos.
Os dados revelam que quase a metade dos presos que foram mortos no interior dos presídios eram inocentes, uma vez que o processo não havia ainda sido julgado em todas as instâncias.
Os números indicam, portanto, quais são as consequências da política da direita e da extrema-direita no país de encarceramento em massa da população pobre e negra. Em menos de três anos, este é o segundo massacre ocorrido nos presídios do estado do Amazonas. Em 2017, depois de 17 horas de rebelião, foram 65 mortos dentro Complexo Penitenciário Anísio Jobim.
Os massacres deixam clara a situação desumana, de verdadeiro infernos na terra, dos presídios brasileiros. O Brasil possui a terceira maior população carcerária do país, a política de encarceramento em massa é uma verdadeira política de extermínio do povo pobre e negro no país.
Este fato revela também o caráter profundamente reacionário da política da esquerda pequeno burguesa, de defender a prisão de determinadas pessoas, somente por expressarem alguma opinião, a política de mais cadeia, mais penas e mais leis somente irá reforçar ainda mais o caráter extremamente repressivo do estado contra a população pobre brasileira.
É necessário se colocar contra a política de encarceramento em massa, exigir também a libertação de todos os presos.