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Eterno

35 anos da morte de Nelson Cavaquinho, poeta do morro a Mangueira

Nelson Cavaquinho cantava a vida e os assuntos dos bares do Rio frequentados pela classe trabalhadora, nos morros e favelas

Filho fiel e torcedor da escola de samba carioca Estação Primeira de Mangueira, Nelson Cavaquinho completa hoje 35 que nos deixou. Em vida, ele foi poeta, músico, compositor e um sambista de destaque nas rodas de samba nos morros do Rio. Chegou a compor cerca de 400 músicas sozinho e em parceria com nomes como Guilherme de Brito, com quem mais passou tempo trabalhando, e compôs “A Flor e o Espinho” e “Folhas Secas”, por exemplo.

Nascido em 29 de outubro de 1911, veio de uma família de músicos, seu pai e seu tio tocavam na banda da Polícia Militar, onde arranjaram um emprego para ele como guarda noturno. Ele fazia rondas a cavalo pelas ruas do morro da Mangueira e foi assim que aproximou-se do samba e conheceu grandes referências como Cartola e Carlos Cachaça, grandes parcerias durante a carreira. Seus gostos para o samba se desenvolveram dentro do morro, nas rodas de samba da classe trabalhadora, nos bares.

Antes de ser um grande violonista, era um mestre cavaquinista. Na juventude tocou e compôs com o cavaquinho, no entanto, fez grande sucesso com o violão. Tocava de maneira graciosa, curiosamente apenas com três dedos nas cordas, o grave e mais dois.

Teve sua primeira música gravada em 1939, por Alcides Gerardi, “Não faça vontade a ela” é uma composição de Nelson Cavaquinho. Ele vendeu muitas composições que escreveu sozinho como sendo de parcerias. Apenas durante a década de 60 começou a se apresentar ao vivo. Teve a oportunidade de mostrar seu trabalho para o mundo no Zicartola, um bar administrado por Cartola e sua mãe, Dona Zica.

Finalmente, no ano de 1970 lançou seu primeiro LP pela gravadora Castelinho. O disco se chamava “Depoimento de Poeta”. Nelson Cavaquinho cantava a vida e os assuntos dos bares do Rio frequentados pela classe trabalhadora, nos morros e favelas. Falava sobre o violão, os amores, as mulheres, os botequins, as tristezas da vida e a morte. Músicas como “Rugas”, “Quando Eu me Chamar Saudade”, “Luto”, “Palhaço”, “Pranto de Poeta”, “Eu e as Flores”, “Degraus da vida” e “Juízo Final” marcam a obra do sambista.

O talentoso sambista chegou a se casar duas vezes. A primeira, aos 20 anos, com Alice Ferreira Neves, com quem teve 4 filhos. A segunda, já com mais de 50 anos, com a jovem Durvalina, que era cerca de 30 anos mais nova, e com quem terminou a vida. Ele morreu no dia 18 de fevereiro de 1986, aos 74 anos, vítima de um enfisema pulmonar.

Nelson Cavaquinho, junto a Cartola e outros músicos, é um dos maiores ícones da história do samba e da música popular brasileira.

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