De acordo com as informações divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo na quarta-feira (25), 34 instituições federais rejeitam o novo programa de financiamento “Future-se”, lançado pelo governo de Bolsonaro em julho deste ano num momento de crise na área de educação provocado pelo corte de 30% no orçamento das universidades federais. Este programa tem por objetivo a criação de um fundo para atrair investimentos privados para as instituições públicas de ensino superior. As primeiras universidades a rejeitarem a proposta foram UFRJ, UFMG, UFAM, UFRR e Unifap.
Em Santa Catarina, o conselho da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) aceitou o indicativo de uma assembleia realizada por funcionários, estudantes e docentes e resolveu não aderir ao “Future-se”.
Em Minas Gerais, o programa de financiamento do governo também foi rejeitado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) numa reunião em que estavam presentes o Diretório Central dos Estudantes (DCE), a Associação dos Professores do Ensino Superior de Juiz de fora (Apes-JF) e o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino no Município de Juiz de Fora (Sintufejuf).
De acordo com um artigo publicado no Jornal da USP por Paulo Martins, professor e vice-diretor da Faculdade de Filosofia; Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), ” o “Future-se” é uma arma perigosa nas mãos mal-intencionadas desse governo. Afinal esse sempre quis claramente o estado mínimo ultraliberal no qual não há espaço para a Educação Pública de nível superior. O que nos resta é resistir em defesa das leis e da Constituição do País para que não sejamos devorados por essa política pública antipopular nefasta e nefanda”.
Essa resistência passa pela defesa da educação pública no País e requer o “Fora Bolsonaro!”.