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Direita aprova reforma que vai privatizar a previdência de SP: ocupar a Câmara dos vereadores para derrotar os golpistas

No último dia 21 de dezembro, ocorreu a audiência pública sobre a reforma da previdência municipal (PL 621/2016) que visa aumentar os descontos da previdência na folha de pagamentos dos funcionários públicos, de 11% para 14%, podendo nos próximos anos,  ser estendida para descontos que chegarão a 20%, além de instituir medidas que levarão à privatização e à falência do sistema.

Após a audiência que inclusive foi encerrada, sem o término das discussões, os vereadores golpistas deram início às votações em 1° turno do ataque à previdência. A direita encabeçada pelos vereadores fascistas Fernando Holliday(DEM), relator do Sampaprev e fundador do agrupamento fascista  MBL, da vereadora Janaina Lima do partido Novo, financiado pelo Banco Itaú e o próprio presidente da Câmara Milton Leite(DEM), aprovaram o projeto apoiado por outros 30 vereadores criminosos.

A aprovação do projeto veio depois de 9 meses da grande derrota do governo João Dória e destes mesmos 33 golpistas. Na época a mobilização dos servidores, que realizaram manifestações em todas as regiões da cidade, onde estes criminosos tinham bases eleitorais, pressionando-os até pessoalmente em seus escritórios eleitorais, como foi o caso da golpista Edir Sales, que na época voltou atrás e votou contra o encaminhamento do projeto àquela ocasião. A derrota causou um grande estrago à candidatura de João Dória, que se elegeu, apenas graças à tremenda fraude eleitoral montada nas eleições nacionais de outubro.

Para conseguir a aprovação do projeto, a direita sordidamente esperou as férias dos professores e servidores da educação, maior contingente entre os funcionários públicos de São Paulo, que se iniciavam no dia seguinte, 22 de dezembro, para tentar a desmobilização da categoria.

No dia 21, apesar do início das férias, quase dez mil servidores compareceram para a manifestação dos servidores. Que não foi maior devido à falta de iniciativa política da direção sindical do Sinpeem (maior sindicato de servidores municipais do país) e outros sindicatos como o Sindsep, que não organizaram sequer a impressão de milhares de panfletos explicativos às suas categorias sobre a trama que a direita preparava. Ainda, deixaram, com a falta de organização e mobilização de suas categorias neste período, que a dispersão dos servidores com o final de ano, contribuísse com o ataque golpista do governo de Bruno Covas.

O vereador e presidente do Sindicato Cláudio Fonseca, pode-se dizer que enquanto vereador que foi eleito por uma expressiva parcela de filiados do sindicato fez seu papel, defendendo contra a reforma e votando contra a mesma. Mas, não era ali que residia sua maior força política, seu grande poderio é enquanto presidente do maior sindicato de servidores municipais do país, com mais de 80 mil filiados, mobilizar esta força real, que em Março foi capaz de colocar mais de 100 mil servidores em greve e nas ruas contra o governo João Dória. Toda esta força agora não foi mobilizada, foi trocada pela política parlamentar, de bloquear, retardar votações, que juntamente com parlamentares do PT e PSOL, foram derrotados pelos golpistas por 33 votos a 16, uma enorme maioria para os inimigos dos servidores e da população paulistana.

Já a parcela da categoria presente à manifestação demonstrou enorme capacidade e vontade de luta, ao longo das mais de 13 horas (manifestação que se iniciou por volta do meio dia e se estendeu até a 1 hora da manhã do dia seguinte) permaneceram do lado de fora da Câmara, protestando, gritando palavras de ordem, respondendo aos insultos dos criminosos como Holliday, Janaina Lima e demais golpistas, também enfrentaram a fascista GCM(que embora também uma categoria que terá seus vencimentos arrochados, estava ali para reprimir os servidores em luta) que chegou a agredir servidores do lado de dentro da Câmara, que teve até o episódio do vereador Eduardo Suplicy (PT) retirando uma servidora das garras da GCM.

No ato, vários companheiros da corrente educadores em luta (PCO) distribuíram mais de 2 mil jornais educadores em luta e alguns companheiros intervieram com propostas no carro de som  para a categoria derrotar o governo.

A corrente Educadores em Luta, de maneira decidida, mostrou aos educadores e servidores presentes que a luta da categoria passa também pela luta contra os golpistas nacionais que derrubaram Dilma e sem provas prendem Lula há mais de 8 meses, para com isso impor retrocessos jamais vistos no país, como a reforma trabalhista, a privatização das estatais, inclusive da maior fonte de riqueza do país, a Petrobrás, a reforma da previdência do governo Jair Bolsonaro amparado pelos militares.

A derrota do PL 621/2016 é também essencial para a derrota da reforma geral da previdência e os golpistas e militares estão de olho em nossa luta. Para isso, a corrente educadores em luta defendeu que os professores e servidores ocupassem a Câmara dos vereadores, como a única forma de derrotar o governo e seus capachos, proposta que se mostrou a mais acertada após a derrota acachapante em plenário.

Com isso a única saída para os servidores públicos municipais de São Paulo é uma enorme mobilização na próxima quarta feira às 10 horas da manhã, colocando como em março, mais de 100 mil servidores e populares na rua e ocupando a Câmara dos vereadores, para mostrar aos 33 criminosos vereadores que não passarão impunes aos ataques à população.

Educadores em Luta defendem ocupação da Câmara de São Paulo

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