Ao final de 1956, o imperialismo desencadeou uma violenta agressão contra o Egito. Inglaterra, França e Israel bombardearam o Canal de Suez.
A canal fora construído no Século XIX, por capitalistas franceses e autoridades egípcias, para encurtar significativamente a distância entre os mares do norte e do sudeste asiático. Pouco depois, o Egito foi ocupado militarmente pela França e Inglaterra, que mantiveram o controle sobre o canal por mais de meio século.
Com os movimentos de libertação nacional que inflamaram os países subalternos a partir da Primeira e da Segunda Guerra Mundial, os egípcios também organizaram a luta contra a dominação imperialista. Um dos marcos importantes foi o Movimento dos Oficiais Livres, que teve protagonismo na Revolução de 1952, e levou Gamal Abdel Nasser ao poder, no Egito. Foi o fim de 70 anos de ocupação militar imperialista, e 30 anos de uma monarquia fantoche, subordinada e colonizada.
Em 1956, França e Inglaterra tentaram boicotar a construção da represa de Assuan, que tornaria cultivável boa parte do território egípcio. Em resposta a isso, Nasser estatizou o Canal de Suez, tomando para o Governo Egípcio o controle que pertencia a capitalistas ingleses e franceses.
Em retaliação, esses dois países, aliados a Israel – que também tinha interesses expansionistas na região – organizaram um bombardeio a instalações do canal e outros pontos estratégicos. Os EUA não participaram do ataque, e a URSS interviu junto à ONU, pressionando pela retirada das tropas estrangeiras do Egito. Este episódio acabou por fortalecer Nasser e enfraquecer o imperialismo europeu. Iniciou-se um período de governo nacionalista egípcio que só voltaria a sofrer com as intervenções israelenses e norte-americanas ao final da década de 1960.