Nos dias 15 e 16 de agosto, o Partido da Causa Operária (PCO) realizou a sua 30ª Conferência Nacional. Com a presença de dezenas de delegados de vários estados do País e com a participação virtual de delegados eleitos nas células do Partido no exterior, a conferência foi uma grande demonstração à toda a esquerda brasileira do caráter democrático que deve reger todas as organizações do movimento operário.
O evento não foi tomado pelos figurões, velhos caciques da esquerda nacional que vêem na política apenas uma oportunidade para ascender socialmente. Do começo ao fim, a conferência foi feita pela militância do PCO. Isto é, por aqueles que se dedicam, cotidianamente, à luta de classes real e à construção do partido revolucionário.
Nessas condições, a conferência dos militantes do PCO não poderia ter outro produto que não um verdadeiro programa de luta para a classe operária. Um programa que corresponda aos interesses reais dos trabalhadores e à disposição infinita da classe operária de enfrentar os seus algozes. É por isso que todas as falas, todas as discussões e todas as deliberações da 30ª Conferência Nacional do PCO foram um combate real à política reacionária da “frente ampla”.
Se a cartilha da “frente ampla” estabelece o jogo sujo, de camarilha, às escuras, a conferência fez uma discussão franca, aberta e pública. Todo o evento foi transmitido ao vivo pela Causa Operária TV. Enquanto a “frente ampla” se desenvolve na imprensa burguesa, a conferência foi coberta pela imprensa do PCO, sustentada unicamente através do apoio dos trabalhadores. Por fim, se a política da classe burguesa é apresentada disfarçada como a política de um determinado indivíduo, o programa dos trabalhadores apareceu como primeiro plano, acima de qualquer indivíduo.
A conferência demonstrou, de maneira incontestável, a incompatibilidade entre os trabalhadores e a “frente ampla”. E é justamente por isso que será nosso papel nas eleições denunciar a política criminosa da conciliação com os golpistas.