Da redação – Nesta segunda-feira (9), as mulheres organizadas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam o Ministério da Agricultura em Brasília contra o governo Bolsonaro. Contando com a participação de 3500 trabalhadoras de 24 estados, esta mobilização integra a Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra. O ato marcou o encerramento do Encontro Nacional de Mulheres do MST, realizado em Brasília desde quinta-feira (5).
“Enfurecidas, em luta, em defesa dos nossos territórios. da nossa biodiversidade, dos direitos conquistados pela classe trabalhadora, denunciamos a aliança mortífera e destrutiva entre o governo Bolsonaro e o capital internacional imperialista que tem produzido violência”, gritaram as mulheres sem terra.
Kelly Mafort da coordenação nacional do MST, explicou também: “O objetivo dessa ação de ocupação é denunciar o projeto de morte que está por trás desse órgão federal. Hoje o Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] está subordinado ao Ministério da Agricultura e este ministério é o maior responsável pelo envenenamento de toda a população brasileira. Os agrotóxicos estão sendo jogados na mesa do povo e nós viemos aqui denunciar isso”.
Segundo o Ministério da Agricultura, foram liberados 474 agrotóxicos em 2019, a maior liberação dos últimos 15 anos, e isto, somando-se aos assassinatos contra os camponeses, ligaram uma luz de alerta urgente para a derrubada do governo fascista de Bolsonaro.
As companheiras atacaram as paredes, o chão e o elevador do térreo do Ministério da Agricultura com piches e embalagens de agrotóxicos e tinta vermelha simulando sangue no chão do saguão, para demonstrar o que o governo golpista esta fazendo no campo. Além da regulamentação da distribuição de títulos de propriedades rurais e outras políticas fundiárias, a pauta do protesto de hoje incluiu “cortes nos investimentos públicos; e a liberação desenfreada de agrotóxicos pelo governo Bolsonaro”, informou ainda o MST.
É preciso aumentar as mobilizações e derrubar o governo.