No dia 30 de maio de 1937, a polícia de Chicago, nos Estados Unidos da América, ao reprimir uma greve, cometeu um dos maiores massacres contra a classe operária daquele país. Dez operários da indústria siderúrgica foram assassinados e, pelo menos, outros 100 ficaram feridos. O Massacre do Memory Day coincidiu com feriado nacional do Memory Day, na última segunda-feira do mês de maio.
No dia 26 maio daquele ano, operários do aço entraram em greve por seus direitos, os grevistas estavam associados a nova federação de trabalhadores, o Comitê para Organização Internacional (CIO) que havia conseguido em um ano, muitas das vezes através de greves, constituir sindicatos em locais de forte resistência dos capitalistas como na General Motors.
Os grevistas no dia 30 marcharam, eram cerca de 1.500 trabalhadores, em direção a Republic Steel Corporation, uma das maiores produtoras de aço do mundo. A Republic compunha um grupo de importantes empresas capitalistas chamados de Little Steel dispostas a destruir o CIO, a organização sindical dos trabalhadores e o desfazer a política do New Deal de Roosevelt, sobretudo a lei Wagner (Lei Nacional de Relações Trabalhistas).
Esse grupo de capitalistas realizou uma série de investidas contra a organização sindical em especial o CIO, desde demissão, ameaças, agressão, recusa de negociar com sindicatos, o grupo era composto inclusive de uma organização fascista chamada Liga Liberty. As corporações querem a anulação da lei trabalhista.
Daí a greve, exigiam o seu direito de protestar contra as ilegalidades que as empresas que compunham o grupo Little Steel praticavam contra os trabalhadores e a organização sindical. A marcha tinha por objetivo realizar um piquete na porta na Republic.
Contudo, perto do portão da fábrica, os manifestantes, que incluíam mulheres e crianças, foram recebidos por 250 policiais de Chicago, que haviam sido recrutados pela própria empresa que os alimentou com um lanche e os armou com bombas de gás. Esses pararam a manifestação e ameaçaram os manifestantes, logo depois abriram fogo indiscriminadamente contra a multidão. Descarregaram 100 tiros de seus revólveres de serviço e as bombas de gás dadas pela empresa. Quatro operários morreram no local, mais seis nos dias subsequentes, muitos ficaram feridos e inclusive gravemente.
A imprensa capitalista norte-americana escondeu o massacre, nenhum policial foi condenado pelos assassinatos, muito menos os grandes capitalistas que estavam por trás da operação fascista contra os trabalhadores.
O fato histórico mostra também a relação direta entre o aparato os grandes capitalistas e o aparato repressivo do Estado.