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30 de abril de 1948: imperialismo cria a OEA, o “Ministério das Colônias” dos EUA

Em 30 de abril de 1948, durante a Conferência Internacional Americana em Bogotá, foi criada a Organização dos Estados Americanos (OEA), o primeiro artigo de sua “carta de organização”, assinada no mesmo dia, diz o seguinte:

Artigo 1

Os Estados americanos consagram nesta Carta a organização internacional que vêm desenvolvendo para conseguir uma ordem de paz e de justiça, para promover sua solidariedade, intensificar sua colaboração e defender sua soberania, sua integridade territorial e sua independência. Dentro das Nações Unidas, a Organização dos Estados Americanos constitui um organismo regional.

A Organização dos Estados Americanos não tem mais faculdades que aquelas expressamente conferidas por esta Carta, nenhuma de cujas disposições a autoriza a intervir em assuntos da jurisdição interna dos Estados membros.

Isso é apenas mais uma demagogia dos Estados Unidos que é facilmente desvendada quando observamos, por exemplo, os golpes dados na América Latina ao longo do século passado, como na Guatemala (1954), Brasil (1964), República Dominicana (1965), Chile (1973), etc., além da expulsão de Cuba do órgão em 1962, quando essa se declarou socialista, e a saída da Venezuela do órgão, em 2019. Esses fatos legitimam o apelido dado à OEA por Raúl Roa, ex-ministro das relações exteriores de Cuba, como “o Ministério das Colônias dos EUA”

No dia 27 de abril, sábado, a Venezuela se retirou da OEA. O país já havia iniciado o processo há dois anos, quando as entidades do órgão se reuniram para discutir assuntos internos do país sem o consentimento desse e quando convocaram uma reunião de consulta dos chancelers sobre o país.

“A Venezuela se retira da OEA por dignidade, por sua independência, por sua soberania, pela paz e o futuro de nossa pátria”, declarou a chanceler da Venezuela, Delcy Rodríguez, “Demos as oportunidades para que se impusesse o espírito multilateral mas prevaleceu a violação às normas sagradas da organização”.

O presidente legítimo da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou: “Já basta de abusos intervencionistas e violação da legalidade, Venezuela é o berço dos Libertadores [do continente americano] e faremos com que a respeitem […] Como chefe de Estado em uso de minhas atribuições exclusivas de acordo com a Constituição, ordenei a imediata retirada da OEA.”

Hoje, a OEA é a principal ferramenta política do imperialismo contra a Venezuela, e esse é o motivo por ela ter saído do órgão. O próprio secretário-geral da OEA, Luis Almagro, vem desde 2017 tentando tomar medidas ilegais contra o governo venezuelano, com direito a apoiar uma intervenção militar no país.

As atitudes da OEA demonstram sua total hipocrisia, o órgão apoiou o golpe militar de 1964 no Brasil, o golpe dado em 2016 na presidente democraticamente eleita, Dilma Rousseff, a prisão ilegítima e sem provas de Lula e a eleição fraudulenta de Bolsonaro, violando o já citado primeiro artigo da “carta de organização” da OEA, que diz que “A Organização dos Estados Americanos não tem mais faculdades que aquelas expressamente conferidas por esta Carta, nenhuma de cujas disposições a autoriza a intervir em assuntos da jurisdição interna dos Estados membros.

É necessário dar total apoio a Venezuela, que tem como núcleo de resistência a sua própria população. Fora ao imperialismo dos EUA na Venezuela! Fora Bolsonaro! Liberdade para Lula!

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