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Dia de hoje na história

30/03/1856: Tratado de Paris encerra a Guerra da Criméia

A península da Criméia, no mar Negro, um território de disputas e guerras históricas alimentadas pelo imperialismo

Há 167 anos atrás, a assinatura do Tratado de Paris pôs fim à guerra da Crimeia. Uma guerra que opôs o Império Russo ao bloco aliado composto pelo Império Otomano (atual Turquia), Reino Unido, França e Reino da Sardenha.

A Criméia, que atualmente está integrada à Rússia, é uma península situada na fronteira sul da região ucraniana e tem também divisa com o lado oeste do território russo. Ela tem quase toda sua extensão banhada pela mar Negro, tedo, assim, uma posição geopolítca estratégica e é históricamente disputada. Em 2014, frente a intensificação do conflito entre Ucrânia e Rússia, a população, que em sua maioria têm origem étnica russa, aprovou massivamente em plebiscito sua adesão à Rússia.

Em 1854, a Criméia era parte da Província da Táurida e em seu território foram travadas a maioria das batalhas da guerra que durou dois extensos anos, resultando em um esmagador número de baixas nos exércitos que se confrontaram. A guerra também devastou grande parte da estrutura econômica e social da Criméia.

A guerra começou com a invasão pelos russos dos principados turcos do Danúbio da Moldávia e da Valáquia (atual Romênia), eles alegavam defender seu território e proteger os cristãos ortodoxos do domínio otomano. Logo em seguida, o Reino Unido e a França entraram na guerra para apoiar o Império Otomano. Os países imperialistas da Europa temiam a expansão do Império Russo. Uma das grandes disputas da guerra era o controle do mar Negro.

No início, a Rússia conseguiu destruir a frota otomana no porto de Sinope no mar Negro, mas com a entrada do Reino Unido e da França as batalhas se acirraram e os russos passaram a ficar em desvantagem. Foi uma guerra sangrenta, que enfrentou ainda surtos de cólera, culminando na morte de milhares de soldados de todos os exércitos.

Ainda assim, por mais de um ano, os russos conseguiram defender a grande fortaleza que mantinham em Sebastopol, o que garantiu a sua permanência na guerra. Com a tomada de Sebastopol pelas tropas aliadas, o imperador russo, Alexandre II, assinou o tratado de paz de Paris, dando fim à guerra e tendo como consequência a neutralização do mar Negro, onde a Rússia não poderia mais manter navios de guerra. Além disso, o tratado garantia a independência e a integridade territorial da atual Turquia e a abertura do Danúbio para o transporte de todas as nações.

Para os britânicos, esta guerra ficou marcada pela incompetência militar e logística de seu exército. As tropas enfrentaram os ataques dos inimigos, o inverno severo e a epidemia de cólera sem conseguir reagir estruturadamente. Com isso perderam cerca de 25.000 soldados. Já o exército francês que também estava na guerra enfrentando dificuldades contou uma baixa de 100.000 soldados.

A guerra da Crimeia foi um acontecimento que mostrou como o imperialismo inglês e francês já no século XIX estava disposto a encarar gigantescas perdas para enfrentar a Rússia, mesmo a custas de milhares de vidas de soldados, de esfacelamento de suas estruturas militares e da instabilidade política provocada pelas consequências das guerras em seus países. Um alto custo para deter o avanço russo e controlar o mundo. A atual guerra da Ucrânia continua nessa mesma política, mas dessa vez vemos os russos em clara vantagem, enquanto os países imperialistas usam o exército ucraniano como bucha de canhão para sua política de dominação.

Em 1856, diante da ofensiva do bloco imperialista, a Rússia não tinha chance de competir pelo controle do mar Negro. Hoje o cenário é bem diferente, a guerra da Ucrânia escancara a grande crise que enfrenta  o imperialismo atualmente, que vem perdendo o controle de diversas regiões que dominava e mesmo com toda a força militar concentrada na OTAN não consegue derrotar a Rússia. Um sinal de que é um momento mais que oportuno para a população oprimida mundial se mobilizar e dar fim definitivo ao imperialismo.

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