A 3 de novembro de 1970, o líder do Partido Socialista, Salvador Guilhermo Allende Gossens, assumia a Presidência da República do Chile, após três tentativas. Allende candidatou-se pela Unidade Popular (UP) uma ampla frente que havia sido criada no ano anterior, que contava com a participação dos socialistas, comunistas, social-democratas e apoiada pelo Partido Comunista.
Político de esquerda moderada, a eleição de Allende representou grandes esperanças ao povo chileno, uma vitória do povo contra os exploradores. Allende defendia uma política nacionalista com discurso socialista, contudo defendia o que ficou conhecido como via chilena para o socialismo, uma transformação socializante de país por meio das instituições da democracia burguesa. Evidentemente, que o apoio do povo a Unidade Popular (UP) permitia vislumbrar as transformações profundas no sentido cada vez mais democrático e igualitário, na sociedade chilena, por meio da instituições representativas, mas a história mostrou que derrubar o capitalismo a partir de reformas é simplesmente utópico.
O governo da Unidade Popular, de Salvador Allende, mesmo com grande apoio, enfrentou extraordinária resistência da burguesia local e do imperialismo. O caminho pacífico para o socialismo foi interrompido pelo poder da burguesia e do imperialismo mundial. Após crises o governo de Allende foi derrubado por um golpe militar dirigido pelo General Augusto Pinochet, um dos maiores criminosos da humanidade, em 11 de setembro de 1973. Allende foi assassinado neste dia.
A burguesia e os militares, lacaios do imperialismo, assassinos do povo, afogaram o governo nacionalista e a organização popular, a autodeterminação do povo chileno com o sangue de milhares e milhares de pessoas, vitimas de uma das ditaduras mais atrozes da história.