Neste dia 5 de novembro completou três anos do maior desastre ambiental da história do país, o rompimento da barragem de Fundão que ficou conhecido como Desastre de Mariana. O desastre ambiental foi decorrente do rompimento da barragem da mineradora Samarco, subsidiária da mineradora Vale e BHP Billington.
O desastre ambiental matou 19 pessoas e destruiu um dos principais rio do país,a afetando aproximadamente 600 quilômetros de rio e mais 200 cidades de Minas Gerais e Espírito Santo. Após três anos do desastre os problemas se acumulam e a maior parte das indenizações e mitigação dos efeitos dos rejeitos da mineração não foram resolvidos.
A mineradora e os responsáveis pelo desastre e as mortes de 19 pessoas seguem sem nenhuma punição. Apesar de todas as provas que foram apresentadas justiça golpista já extinguiu processos bilionários em multas, indenizações e prisão de culpados.
Menos da metade das indenizações foram pagas para as milhares de famílias que perderam suas casas e das pessoas que dependiam do rio e mar para sua sobrevivência, como pescadores profissionais.
A impunidade ficou clara quando em 2017, a justiça federal suspendeu a ação criminal que responsabilizava 21 diretores das mineradoras Samarco e suas proprietárias, Vale e BHP Billiton, mesmo com provas de que as empresas foram no mínimo omissas diante da possibilidade de rompimento da barragem. A alegação é que houve ilegalidade na quebra de sigilos telefônicos durante as investigações da Polícia Federal. A justiça golpista possui um critério para punir ou deixar de punir, desde que seja para livrar a burguesia e seus representantes. Neste caso é livrar da prisão executivos de grandes empresas e bilhões de reais em indenizações e multas aplicadas às mineradoras.
As investigações, apesar de todas as provas, nunca foram concluídas e no momento estão paralisadas e as famílias estão abandonadas. Enquanto isso, as milhares de famílias passam por dificuldades financeiras, sem casa e sem seu meio de vida.
Livrar a mineradora e os responsáveis pelas mortes e destruição de um dos principais rios do país é resultado direto do governo golpista.