No último domingo, durante a II Conferência Aberta dos Comitês de Luta, participei da discussão no grupo dos professores e servidores. Lá, debatemos pontos como a campanha pelo fora Bolsonaro, a privatização das estatais e da Educação, a militarização nas escolas e a reforma da previdência nos estados e municípios, entre outros.
Hoje destaco o ponto sobre a militarização das escolas. No último período a extrema direita se sentiu a vontade para intimidar a comunidade escolar, sobretudo os professores, seja através de processos administrativos, judiciais ou por meio da própria Polícia Militar dentro das escolas, sejam militares ou não.
Contra isso, a esquerda tem reagido de maneira totalmente equivocada, procurando resolver o problema por meios institucionais, que estão inclusive dominados pela extrema direita dentro do aparato jurídico policial. Os comitês de luta, em sua 2ª Conferência nacional – considerando a ineficácia da política adotada pela maioria da esquerda e que a ofensiva da direita se trata de uma política fascista, na onda do crescimento da extrema direita a nível mundial – adotou uma forma concreta de defender os professores, funcionários, estudantes e pais: a criação de comitês de autodefesa nas escolas.
Um comitê de autodefesa é um grupo formado por integrantes da comunidade escolar (professores, funcionários, estudantes, pais) preparados para reagir à altura das agressões dos fascistas na escola. Ex., se um professor é assediado, hostilizado ou agredido pela direita (através de outro professor, estudante ou pai), o comitê agiria revidando imediatamente e acuando neutralizando o ataque coxinha.
Exemplo recente ocorreu no Colégio Pedro II no Rio de Janeiro, onde o MBL foi botado para fora da escola por uma mobilização de professores, estudantes e pais que protestavam contra o projeto “Escola Sem Partido”, Escola com Fascismo.
Só assim será possível proteger a autonomia dos professores e da comunidade escolar em geral dentro da escola. Afinal, nenhum ente do Estado, controlados pela direita, garantirão os direitos dos integrantes da escola.