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Derrotar o fascismo nas ruas

2ª Conferência Nacional Aberta: toda a força aos comitês de luta

Os comitês de luta contra o golpe são a expressão da polarização política, por isso a tarefa central é a de multiplicá-los-los e fortalece-los

Uma conclusão fundamental da  2ª Conferência Nacional Aberta dos Comitês de Luta, encerrada no último domingo, em São Paulo, foi sobre a necessidade imediata do fortalecimento e a ampliação dos comitês de luta contra o golpe por todo o País, como principal instrumento político da luta contra o golpe e o fascismo.

A esquerda pequeno burguesa e a esquerda em geral têm promovido uma grande confusão política –  em parte inconscientemente, em parte proposital – no que diz respeito à natureza da situação política no Brasil, que leva à falaciosa ideia de que a situação estaria caminhando para uma normalização política. Que a esquerda, em geral, estaria recuperando o terreno e que no final das contas bastaria uma ou outra reforma na política promovida pelo golpe de 2016 para fazer com que a situação caminhe para uma condição existente alguns anos atrás.

A realidade é exatamente o oposto do que procura fazer crer a esquerda. Enquanto a esquerda sonha com as eleições de 2020, como um primeiro passo para “redenção do País” em 2022, a extrema-direita avança a cada dia com uma ação que aponta para um único propósito, o fechamento do regime político, uma ditadura escancarada de tipo fascista contra o povo brasileiro, seja com medidas institucionais como o pacote anticrime de Moro ou o lançamento do partido fascista de Bolsonaro, seja com o estado de terror que cada vez mais se aprofunda nas periferias das cidades e no campo, como são os recentes massacres feitos pela polícia militar e pelo grupos paramilitares de extrema direita em Paraisópolis e contra os indígenas no Maranhão.

A esquerda de um modo geral está absolutamente paralisada e sem iniciativa política, salvo quando é para reproduzir a própria política de Bolsonaro, como vemos nos casos do “esquerdistas” governadores do nordeste. De nada vai adiantar “chorar sobre o leite derramado” caso a esquerda permita a vitória da extrema-direita. As lamúrias produzidas pela esquerda após o golpe militar de 1964 no Brasil ou o golpe de Pinochet no Chile de nada serviram de consolo e muitos menos serviram para abrandar a fúria fascista da extrema-direita. 

A única saída para a esquerda é fazer o que a extrema-direita está fazendo: organizar-se! A conclusão de todo o debate feito na Conferência, das propostas políticas até as questões organizativas é a questão como levar à frente uma organização prática, de mobilização e luta. Não adianta discutir, elaborar uma teoria política, não adianta formular uma palavra de ordem, não adianta resolver intelectualmente determinado problema político se não é possível materializar essa política em uma ação política prática e na condição presente a materialização da luta política no País é a organização da militância que quer lutar contra a burguesia e o fascismo.

Da 1ª Conferência, ocorrida em julho de 2018, para cá a situação avançou. Hoje, já existe algum tipo de iniciativa de luta contra o golpe em centenas de cidades, mas bem insuficiente para as dimensões do Brasil. Um fator dinamizador colocado em prática por parte dos comitês foi a campanha de abaixo-assinados em defesa da liberdade de Lula e pela anulação dos processos contra o ex-presidente, porém os comitês estão mal organizados, com funcionamento irregular ou mesmo inexistente em várias cidades. 

Essa é a condição que deve ser superada de imediato. É preciso organizar milhares e milhares de companheiros, ampliar os comitês, ter regularidade no funcionamento para combater a enorme ameaça política que estamos enfrentando nesse momento. A extrema direita tem crescido em todos os países do mundo. Não é um fenômeno ocasional, acidental. Sonho ruim que vai passar. O fascismo está aí para tomar o poder e impor a política de terra arrasada da burguesia a ferro e fogo em todos os países. A contrapartida da esquerda, da militância dos comitês de luta contra o golpe é a de trabalhar por fortalecer os comitês já existentes e criar novos 

A ideia central presente na conferência foi a de  que é preciso organizar comitês nos bairros, nas universidade, nos sindicatos locais de trabalho, no movimento no campo, enfim, em todos os lugares para que sejam capazes, em primeiro lugar, de derrotar a direita e, em segundo lugar, de fazer o movimento operário avançar rumo a conquista de um governo dos trabalhadores, rumo ao socialismo. 

Mãos à obra, delegados.

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