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29 de maio de 1990: burocrata traidor Boris Yeltsin é eleito presidente pelo parlamento russo para acabar com a URSS

Há exatos vinte e nove anos, neste mesmo dia 29 de maio, em 1990, o mundo testemunhou mais uma etapa, mais um capítulo na longa trajetória iniciada ainda na década de vinte do século anterior, quando o primeiro estado operário do mundo, resultado da primeira revolução socialista vitoriosa no planeta, sofreu seus primeiros golpes em direção à burocratização e posterior degeneração, fenômeno político e social impulsionado pelos representantes da ala antibolchevique do recém nascido Partido Comunista da União Soviética, liderada por Josef Stalin.

O medíocre Stalin, depois de “derrotar” a ala bolchevique do partido organizada na oposição de esquerda, liderada por Leon Trotski, passo a passo liquidou e sufocou a democracia interna, instalando uma ditadura unipessoal, lastreada na corrupção, no terror, nas perseguições, nos processos fraudulentos contra seus opositores e nos assassinatos. O Stalinismo foi o responsável pela mais completa deturpação e desfiguração do marxismo- leninismo, “criando” teorias totalmente alheias à política revolucionária desenvolvida por Marx, Engels, Lenin e Trotski, como a teoria do “socialismo num só país” uma invenção extraída sabe-se lá de onde que propunha o abandono da luta do proletariado internacional em direção à vitória da revolução socialista mundial, em prol do “pragmatismo socialista” (leia-se oportunismo contra-revolucionário). No plano da luta internacional contra o imperialismo, ao invés do enfrentamento, a convivência pacífica com este, o que conduziu o operariado mundial a um sem número de derrotas em vários países onde houve o enfrentamento da classe operária com a burguesia.

Esse breve histórico nos conecta com os acontecimentos do dia 29 de maio de 1990, no vazio deixado pela política de destruição do estado operário e da economia estatal, levada adiante pelo timoneiro das “reformas” (glasnot e perestroika) Mikhail Gorbatchov, que acabou por precipitar o fim da URSS. Sucedendo Gorbatchov, já no ambiente de caos econômico e social de desintegração da URSS, assumiu um burocrata de segunda linha do já há muito degenerado PCUS. Bóris Iéltsin foi o “escolhido” para dar sequência e tentar concluir a obra iniciada pelos burocratas anteriores; obra de destruição e liquidação completa da outrora portentosa grande nação socialista, o primeiro estado operário do mundo.

Iéltsin foi responsável pela maior devastação promovida contra a economia estatal do país, conduzindo esta em direção a uma “economia de mercado”. O senil burocrata introduziu programas de privatizações e outras medidas de “liberalização da economia”, o que fez com que uma enorme parte da riqueza nacional acabasse ficando sob o controle de um núcleo reduzido de milionários, que se tornaram magnatas da noite para o dia, sem que fosse necessário qualquer mínimo esforço para alcançar este status, a não ser o simples fato de se apropriarem de importantes ativos da economia nacional.

Depois da desintegração da União Soviética e de ter assumido o controle da Federação Russa, Iéltsin colocou em marcha um programa duríssimo de austeridade fiscal e cortes em um sem número de benefícios sociais que eram assegurados aos cidadãos soviéticos, atacando as aposentadorias e outros programas de seguridade social, em particular as garantias sociais aos idosos.  A política econômica de Boris Iéltsin favoreceu abertamente os especuladores e instituições estrangeiras, como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, com enorme repercussão na qualidade de vida dos russos, que experienciaram um período de grande pauperização, miséria e pobreza. Seguindo o tradicional receituário do FMI e Banco Mundial, de ataque às economias nacionais, o excêntrico Iéltsin aumentou os impostos violentamente, cancelou importantes subsídios do governo à atividade industrial e da construção, além de profundos cortes nos programas sociais, em particular na previdência, conforme já foi assinalado.

O curto período do “reinado” de Boris Iéltsin (29/05/90 a 10/07/91) foi e ficará marcado como um dos momentos mais traumáticos da história e da política contra-revolucionária que atentou contra o primeiro estado operário do mundo, implantado como resultado da vitória do proletariado russo contra a burguesia e o imperialismo mundial. A luta pela reconquista da república dos sovietes, pelo genuíno estado operário controlado pelo poder popular sob o controle dos trabalhadores se coloca como uma das tarefas mais imediatas e importantes na luta que o proletariado internacional trava contra o capital, a burguesia mundial e o imperialismo

 

 

 

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