Machado de Assis foi na visão de muitos o maior escritor da história do Brasil. Com certeza é um dos maiores do mundo. O Bruxo, como é conhecido, escreveu poesias, dramas, narrativas, crônicas e todos os gêneros pertinentes à época. Foi também o primeiro presidente da academia brasileira de letras, assim como um dos seus fundadores.
Escritor de clássicos como “Quincas Borba”, “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e de inúmeros contos como “O Enfermeiro”, “O Alienista”, “Missa do Galo” e “A Cartomante”, é talvez na narrativa que Machado de Assis tenha feito sua produção mais reconhecida.
Um exemplo clássico de sua genialidade se dá na obra de “Dom Casmurro”. Na época em que o romance foi escrito, era consenso entre quem o lia que havia existido uma traição da personagem Capitu. Somente em 1960, 61 anos após a publicação do livro, é que a história se inverte a partir da leitura da norte-americana Helen Caldwell, que propôs uma leitura a partir do ponto de vista de que o protagonista Betinho apresentava a história de seu ponto de vista, sem nenhuma prova de que a traição que arruinara sua vida realmente tivesse acontecido. Apesar disso, a discussão sobre se Capitu traiu ou não bentinho ainda rende muito, principalmente nas redes sociais.
Machado soube muito bem retratar a sociedade brasileira escravagista. Em contos como “Pai contra mãe” e “O caso da vara”, o escritor soube demonstrar com maestria como as classes sociais se enfrentavam no período, usando e abusando de uma ironia gigantesca.
Morreu aos 69 anos de idade no dia 29/09/1908, vítima de um câncer na boca. Sua literatura se transformou em uma das mais importantes do mundo, sendo discutida por inúmeros intelectuais do ramo da literatura e contribuindo em muito para a formação da cultura brasileira, inspirando muitos artistas até hoje e ajudando muitas pessoas a entender como funciona o Brasil.