Por quê estou vendo anúncios no DCO?

Mortes na queda de Ceausescu.

27/12/1989: terminam os confrontos da queda de Ceausescu na Romênia

Revolução e contrarrevolução se confrontam na derrubada do Estados proletários do leste europeus, e, assim como na Romênia, a burocracia é deposta pelo imperialismo.

Em dezembro de 1989, uma revolta popular iniciada na cidade de Timisoara ganhou corpo, dando lugar à Revolução Romena de 1989, pondo fim ao regime do Partido Comunista. A Romênia foi um dos poucos países integrantes do bloco soviético em que houve derramamento de sangue na transição de regimes.

Em 16 de dezembro, um protesto eclodiu em Timișoara como resultado por uma tentativa do governo de desapropriar um sacerdote húngaro metodista dissidente, László Tőkés, que recentemente havia se pronunciado contra o governo e fora acusado de incitar ódio racial.A pedido do governo, seu bispo o havia removido de seu posto, privando-o com isso de seu direito ao seu apartamento, que era um privilégio de sua posição. Por algum tempo, seus paroquianos reuniram-se ao redor de seu apartamento para protegê-lo do assédio e da desapropriação.

Religiosos que seguiam o sacerdote tomaram as suas dores e se indignaram contra a determinação indo para as ruas para protestar. Isso bastou para que insatisfeitos contra o regime de Ceausesco, Secretário Geral do Partido Comunista que governava a Romênia, se juntassem ao movimento em um grande protesto que forçou, inclusive, uma reação do Exército. Como isso não adiantasse para estancar a manifestação, pelo contrário, ela se radicalizou e ganhou as outras cidades até chegar à Bucareste, capital da Romênia.

Assim como em países vizinhos, em 1989 a maior parte da população romena estava insatisfeita com o regime comunista. As políticas econômica e de desenvolvimento de Ceaușescu (incluindo projetos de construção grandiosos e um programa de austeridade para capacitar a Romênia a pagar toda a sua dívida nacional) geralmente eram culpadas pela escassez grave e predominante do país que aumentava a pobreza; além do mais, a polícia secreta (Securitate) havia se tornado tão onipresente a ponto de tornar a Romênia essencialmente um Estado policial.

Da embaixada soviética, em Bucareste, se firmara o centro de apoio dos grupos que eram adversários de Ceausescu . É que, os stalinistas, os militares e os perestroikistas ali se reuniam para combater uma política nacionalista de Ceausescu, e contrário aos interesses deles.

Foi praticamente uma declaração de guerra velada contra à burocracia soviética da Perestroika e a Glasnost quando, em 4 de dezembro de 1989, em uma reunião entre os líderes do bloco do Leste ( presidentes e ministros de relações exteriores) com Mikhail Gorbatchov, Nicolae Ceaușescu se mostrou reticente à adesão à OTAN- Organização do Tratado do Atlântico Norte, ao fim do Pacto de Varsóvia, e completamente avesso à um relatório divulgado por Gorbatchov sobre a Invasão da Tchecoslováquia em 1968, quando tentou colocar publicamente ter havido uma ação conjunta do Pacto de Varsóvia, com a participação da Romênia, quando Ceaușescu ressaltou que a Romênia nunca fez parte disso.

As principais ações do Pacto foram dentro dos países-membros do pacto para a repressão de revoltas internas. Em 1956, tropas reprimiram manifestações populares na Hungria e Polônia, e em 1968, na Tchecoslováquia, na chamada Primavera de Praga que pediam a descentralização parcial da economia e a democratização.
Atingindo a capital, Bucareste, a revolta levou Nicolau Ceausescu, em uma tentativa de aplacar os descontentamentos contra seu regime, convocar, para o dia 21 de dezembro de 1989, uma manifestação para demonstrar que ainda havia apoio popular para se manter no poder, mas o tiro saiu pela culatra. Ceausescu foi alvo de inúmeras vaias, e a revolta intensificou-se.

Uma multidão invadiu as ruas de Bucareste, e Ceausescu refugiou-se na sede do Partido Comunista. Com a sede do PC Romeno invadida pela população revoltosa, Ceausescu e sua esposa, Elena, tentaram fugir de helicóptero do prédio. Entretanto, a população conseguiu apanhá-los. Os dois foram sumariamente condenados e executados no dia 25 de dezembro de 1989.

Todos esses fatos só fazem comprovar os desvios da burocracia que conduziu a derrocada dos estados proletários, que, não obstante os problemas não poderiam ser caracterizados de outra forma. A dependência econômica de acordos feitos com o imperialismo, principalmente a partir da crise de 74, provocou o ascenso da classe trabalhadora contra o que se insurgiram as burocracias que tentavam se segurar ou pelo fascismo ou com governos reformistas.

No final das contas, ao invés da classe operária derrubar a burocracia, foi a contra-revolução que o fez.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.