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26 de abril de 1965: TV Globo é inaugurada, como prêmio da ditadura pelo apoio de Marinho ao golpe militar

Roberto Marinho, assíduo frequentador da roda das decisões dos ditadores-generais, não se limitou a apoiar o golpe militar de 1964 por meio de seus editoriais. Na época, aqueles que não concordavam com o regime eram mortos, torturados e perseguidos. E, mesmo sendo reconhecida a participação da TV Globo na ditadura, nunca pagou pelos crimes. Pelo contrário, foi a principal articuladora do golpe de 2016, com derrubada da presidenta Dilma.

Ainda hoje, é um dos principais meios de manutenção do estado de exceção em que se encontra o Brasil; isso comprovadamente veiculado segundo dados da CIA em 2018. Como prêmio do declarado total apoio à ditadura de 64, a concessão da TV Globo era estabelecida, o que se mantém atualmente com vínculos estreitos com o Estado, sendo um monopólio das comunicações. É preciso que haja um levante para que esse tipo de situação seja duramente combatido e a fim de que seja expropriada e que seja de fato realizada a democratização da imprensa no Brasil.

Durante os 21 anos de ditadura, a Globo teve, portanto, papel fundamental no golpe que levou à ditadura. Mesmo em preto e branco e 5% da população tendo acesso a aparelhos de TV, a televisão repercutia nos jornais e programas de rádio. Propagandas eram veiculadas no cinema e chegavam ao grande público. Jornais de vanguarda sofreram censura, sendo vítimas, assim como novelas e programas recebiam cortes. Nessa esteira dos acontecimentos, o apoio e a participação da Globo acolheu o Golpe Militar de 1964, assim como a Folha de S. Paulo e a imprensa burguesa da época.

Em 1960, os meios de comunicação norte-americanos já exerciam grande influência no Brasil e seu modelo de televisão foi fortemente abraçado pela Rede Globo (até porque ela mesma foi criada ilegalmente graças a um “acordo” com o monopólios de comunicação dos EUA, a Time-Life), divulgando o modo de vida americano, gerando impacto que dura até os dias atuais. Um outro Brasil era apresentado nas telas, enquanto muitos progressistas eram perseguidos pelos generais da época. Movimentos sociais eram criminalizados e a realidade era mascarada.

Desse modo, um dos principais articuladores do Golpe Militar, Roberto Marinho teria organizado junto a Lincoln Gordon, o então embaixador dos EUA,  a sucessão do próximo golpista a assumir a presidência do Brasil. Soma-se a isso, o fato do dono da Globo ter realizado duros ataques a Leonel Brizola, chegando a ser exilado do País. Por apostar na falta de memória de seus expectadores, ainda tentou encobrir e invisibilizar o movimento das Diretas Já, sem contar na manipulação dos debates nas eleições de 1989 em que Lula esteve como candidato contra Fernando Collor de Mello. Mais recentemente, ficou claro o combate à presidenta Dilma e o apoio à prisão de Lula há um ano. Mesmo “reconhecendo” uma mea-culpa, a família Marinho não admitiu que lucrou com o golpe militar e que teve sua concessão recebida como prêmio.

 

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