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25 anos após o apartheid, África do Sul ainda é o país mais desigual

A desigualdade social na África do Sul cresceu desde o fim do apartheid há 25 anos. Em 1994, Nelson Mandela foi eleito como o símbolo da libertação do povo negro, mas significava, na realidade, a transição política pacífica que permitiria a contenção da situação revolucionária do período. Como concessão, a lei do apartheid foi alterada, mas não o sistema de opressão ao povo negro sul africano. 

Na realidade, com a inserção da África do Sul no mercado internacional, pós fim dos embargos econômicos, a economia da África do Sul não só não elevou as condições da vida da população e, em diversos aspectos, reduziu os números gerais da economia. A dominação imperialista em relação ao país africano se manteve, determinando a manutenção da estratificação social racista: ainda menos negros têm acesso a educação básica, quiçá a superior, continuando a ocupar os piores empregos que se esvaem com o avanço da crise econômica mundial.

Isso resulta no índice de 27% de desemprego geral, o que implica na divisão de 20% da população negra no estado de extrema miséria, comparados a apenas 2,9% da população branca na mesma situação segundo o Instituto Sul-Africano de Relações Raciais (IRR). Apenas esses números já são bastante demonstrativos da situação social que configura a África do Sul, ainda, como o país com a maior segregação social do mundo, segundo dados do Banco mundial: 63,4%. 

O crescimento econômico de 5% entre 1994 e 2006, foi barrado pela crise internacional de 2008 que impactou fortemente o país, com economia profundamente dependente do mercado externo. Segundo a agência de estatísticas nacional, a produção agrícola caiu 29,2% no segundo trimestre de 2018, enquanto transportes, comunicação e armazenamento tiveram contração de 4,9%.

A desigualdade economica mantém a segregação física determinada pela política do apartheid, por exemplo, com os bantustões ainda ocupados principalmente por mulheres pobres e negras. Essa era a estrutura de moradia da população negra economicamente inativa, o que resultava na separação forçada dos homens de suas famílias. O retrato social prova, portanto, que não foram as concessões institucionais da burguesia que resultaram na libertação real dos negros, pelo contrário: a luta do povo negro, atrelada a luta dos trabalhadores e de todos os oprimidos, deve ser independente da burguesia e seguir seus próprios interesses levados até as últimas consequências.

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