Neste dia 25/08, fazem 58 anos da renuncia do ex-presidente Jânio Quadros.
Jânio foi a primeira pessoa a ser eleita no pós-Estado Novo que não fosse parte da coligação PSD-PTB, sendo um tipico candidato direitista de sua época ligado ao PTN.
Famoso por sua política da “vassoura” que iria varrer a corrupção do país, Jânio Quadros iniciou seu mandato em meio a uma campanha de muita demagogia e moralismo, tendo em seu governo um grande foco de crise do que seria o já em marcha golpe militar de 64.
Alegando que “forças terríveis” se levantaram contra ele, o até então presidente renunciou ao posto que ocupou por menos de um ano, aprofundando assim a crise no governo, já que o vice, que assumiria seu posto dado ao direito constitucional, era uma figura da esquerda nacionalista, João Goulart.
Devido a sua queda, a ala mais conservadora do governo e as forças armadas que o muito pressionava, resolveram dar um golpe, se aproveitando da não presença de Jango no território brasileiro. Dessa forma, assumiu o presidente da câmara dos deputados, Ranieri Mazzilli (PSD).
Com o desenvolvimento da situação e a volta de Jango ao país, a crise atingiu um novo patamar, tendo figuras como Leonel Brizola saindo em defesa de João Goulart, formando assim uma frente anti-golpista.
A crise veio atingir tamanha proporção que se tornou inevitável que Jango assumisse o cargo de presidência da república, como era de seu direito.
No entanto, a volta de uma figura nacionalista ao poder era algo intolerável pela direita golpista, que após Goulart assumir o poder, fez enorme pressão em seu governo, tendo como fim o golpe de 64, onde Jango exilou-se no Uruguai, iniciando-se assim a ditadura militar.