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Libertação dos povos

23/01/1963 – Inicia-se a Guerra de Independência da Guiné-Bissau

Luta pela independência das colônias portuguesas na África se deu junto com a luta pelo fim do regime fascista de Salazar

A Guerra de Independência da Guiné-Bissau teve início com as ações de guerrilha na região de Tite, a partir do dia 23 de janeiro de 1963. A guerrilha foi apoiada pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), sob comando de um dos maiores líderes da esquerda nacionalista, Amílcar Cabral. O conflito durou mais de dez anos, tendo sua conclusão com o reconhecimento da independência de Guiné-Bissau por Portugal, em 1974.

Nas colônias europeias sempre existiram movimentos de oposição e resistência à presença do imperialismo colonialista. Nas décadas 50 e 60, várias nações colonizadas no continente africano estavam no processo de luta por independência que se intensificou após a primeira e segunda guerras mundiais. Em 1961, movimentos nacionalistas em diversos países se uniram na Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas (CONCP). Esse evento reuniu organizações de Moçambique, Angola, São Tomé, Guiné e Cabo Verde em torno da luta pela independência das colônias portuguesas na África.

A repressão contra os povos dos países africanos, por parte das metrópoles europeias, era intensa, com torturas e assassinatos de opositores e a supressão de direitos democráticos e trabalhistas. Além disso, o cenário era de muita pobreza, especialmente a colônia da Guiné que era a menos desenvolvida da África, nos anos 1950.

Nesse contexto, um dos eventos que marcaram o período foi o Massacre de Pidjiguiti (1959), quando tropas portuguesas mataram 50 estivadores que estavam em greve por melhores salários. Esse fato provocou uma grande comoção da população da Guiné, que passou a apoiar mais amplamente as ações do PAIGC pela independência.

Entre os anos 1960 e 1962, o PAIGC se consolidou no país, ao se expandir para o interior da Guiné e iniciar a formação de militantes para a luta por independência. O movimento ganhou força com apoio tático e militar de outras nações como a República Popular da China, Reino de Marrocos, Cuba e União Soviética.

No dia 23 de janeiro de 1963, Amílcar Cabral declarou guerra contra Portugal com um ataque da guerrilha do PAIGC à fortaleza portuguesa de Tite. A esse episódio foram seguidos diversos outros ataques.

Em 1964, durante o primeiro congresso do PAIGC foram organizadas as Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP) para auxiliar as forças guerrilheiras.

Em 1966, Amílcar Cabral participou da Conferencia Tricontinental Enero em Havana, onde iniciou conversações com Fidel Castro. Como resultado disto, Cuba concordou em fornecer mais armas, além de médicos, especialistas e técnicos para auxiliar na luta pela independência.

Já em 1967, o PAIGC tinha controle sobre 2/3 da Guiné Portuguesa. Nesse período, Portugal buscou ganhar apoio popular impondo o governo de António de Spínola. As tropas portuguesas conseguiram recuperar terreno. Em janeiro de 1973, dois membros traidores de seu próprio partido assassinaram o principal líder do PAIGC, Amílcar Cabral, o que acentuou a crise que teve como desfecho a declaração unilateral do PAIGC pela independência da Guiné-Bissau, em setembro de 1973.

A luta pela independência trouxe inúmeros ganhos para os povos e, inclusive, teve influência direta na revolução portuguesa que pôs fim ao regime fascista de Salazar em Portugal (Estado Novo), em abril de 1974. O novo governo aceitou negociar com o PAIGC e, em 10 de setembro 1974, a independência da Guiné foi concedida por Portugal.

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