O novo chanceler Brasileiro do governo golpista, Ernesto Araújo, declarou em reunião ao Grupo de Lima: “Trouxemos para cá a proposta muito clara de acrescentar na declaração uma exortação ao Maduro para que ele não assuma o segundo mandato, que começaria em 10 de janeiro, porque, todo mundo conhece, este mandato não resulta de uma eleição legítima”. O chancelar nessa sexta feira (4) fez sua primeira viagem internacional no cargo.
O Grupo de Lima, criado em 2017 com iniciativa do governo peruano, tem o objetivo de pressionar a Venezuela para estabelecer os moldes da democracia imperialista no país. Além do Peru, mais 12 países integram o grupo – Argentina, Brasil, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Chile, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá e Paraguai.
O grupo, aprovou uma declaração que insta Maduro a não assumir para seu novo mandato, em 10 de janeiro, e a entregar o poder à Assembleia Nacional até que sejam realizadas novas eleições.
Em resposta, um comunicado foi lido pelo chanceler, Jorge Arreaza, a Venezuela expressou “sua maior perplexidade ante a extravagante declaração de um grupo de países do continente americano, que após receber instruções do governo dos Estados Unidos através de uma videoconferência, acordaram incentivar um golpe de estado”.
Arreaza seguiu com críticas no Twitter sobre o Grupo de Lima, chamando o concelho de “humilhante subordinação” aos imperialistas. “O que temos afirmado desde a criação deste grupo de governos unidos contra a Venezuela, e que em teoria não pertence ao governo dos EUA: se reúnem para receber ordens de Donald Trump por intermédio de Mike Pompeo. Que demonstração de subordinação humilhante!”, escreveu.
A política de Bolsonaro de alinhamento com o imperialismo revela todo seu capachismo aos interesses dos norte-americanos.