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Dia de hoje na História

21/04/1985: morre Tancredo Neves, outro “herói do povo” da esquerda

Antes de tomar posse em 15 de março de 1985, Tancredo Neves é internado e morre em 21 de abril.

Durante muito tempo, após a abertura do regime politico no Brasil em 1985, uma parte da esquerda e a direita dita democrática, vem se colocando em um esforço sem fim para endeusar e por como “herói do povo”, aqueles que segundo eles seriam os responsáveis pelo fim da ditadura militar no Brasil e volta da democracia ao país. Tancredo Neves, um politico conservador nascido em São João Del Rey em 1910, seria um desses imaculados. No entanto, a história é bem diferente.

O fim da ditadura militar vinha se processando a algum tempo no interior da burguesia e é resultado de uma crise econômica que se acentuava vertiginosamente não só no Brasil como em todo o mundo. O mito de que a ditadura era boa economicamente para o país é uma farsa, a inflação e a recessão no período chegava a números catastróficos. Os empréstimos mal administrados feitos pelos militares em fundos internacionais colocam o país até em situação de dependência.

Em 1974 a crise capitalista chega a seu ápice após a segunda guerra mundial, os preços do petróleo com a expansão industrial sobem. Os líderes da ditadura no Brasil previam o esfarelamento do regime militar no país. Essa situação provoca uma divisão na burguesia em apoio e oposição aos militares. A eleição de 1974 expressa bem essa contradição, quando chega ao poder, em algumas regiões do país, o MDB.

Os bancos e os grande monopólios industriais continuavam apoiando a ditadura militar, no entanto a burguesia nacional, sentindo os efeitos da crise econômica passam para o lado da “oposição” que na época seria o MDB. Em 1977, o governo militar percebe que a situação eleitoral está fora de controle, o movimento estudantil de São Paulo começam a se mobilizar, no entanto os militares conseguem controlar o regime por mais um tempo. 1977 é um ano muito importante para as mobilizações dos estudantes.

Em 1978, o movimento operário começa a se organizar  aprofundando a crise da ditadura e abalando a base dos militares em relação à oposição. No mesmo ano teria eleições e a ditadura militar sofre uma derrota avassaladora ano em que também é criada a UNE União Nacional dos Estudantes. As greves aumentam em 1979 e 1980. A partir de 1980 a ditadura perde totalmente o controle da situação. O Brasil está totalmente convulsionado. A ditadura perde as eleições em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Em 1983 tem a primeira greve geral chamada pela CUT. Em 1984, surge o movimento liderado pela “oposição” da ditadura, o MDB, que são as Diretas já, que muita gente acredita ser o momento em que brasil passa a ter democracia. Apesar desse movimento ter mobilizações expressivas, no entanto são derrotados pela ditadura, aprofundando a crise do regime politico. Fica claro que as Diretas já servia de contenção para os movimentos operários e estudantis que se levantavam de forma radicalizada. Em um acordo com os militares o MDB e uma parte dos militares racham com o partido da ditadura formando a Frente Liberal e lançam os candidatos para concorrer as eleições em 1985.

Desse acordo que é uma farsa sai os candidatos direitistas Tancredo Neves e como vice José Sarney pelo agora chamado PMDB, contra o candidato da ala dos militares representado pelo PDS Paulo Salim Maluf. Em 15 de janeiro de 1985, Tancredo Neves derrotou Paulo Maluf no colégio eleitoral por 480 votos contra 180. 17 delegados se abstiveram e 9 não compareceram. Um dia antes de tomar posse, que deveria ocorrer no dia 15 de março de 1985, Tancredo Neves foi hospitalizado, e veio a falecer no dia 21 de abril, antes tomar posse.

A campanha da imprensa golpista ligada a burguesia da época tentaram transformar Tancredo Neves em um “herói do povo” antes das eleições e também depois de sua morte. As manchetes da Veja por exemplo, estampavam o rosto de Tancredo com dizeres do tipo “Tancredo entre a vida e a morte”, “Dias de dor”, “A longa (e sofrida) vigília do povo brasileiro” etc. Porém o que vemos não é nada disso.

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