Nascido em sete de junho de 1942, Muamar Al Kadafi morreu no dia 20 de outubro de 2011. O Chefe de Estado da Líbia foi morto aos 69 anos de idade em Sirte, reduto de resistência de seus partidários.
Em 2011, Kadafi que estava no poder desde setembro de 1969, foi deposto após uma Guerra Civil na Líbia. O que primeiramente ficou conhecido como “Primavera Árabe” logo se provou uma oportunidade do imperialismo de tomar conta dos países com governos opositores ao capital financeiro monopolista.
Relatos mostram que Kadafi, após a ofensiva da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) – que já sabemos ser o exército internacional do imperialismo – e sua deposição em meados de agosto de 2011, deixou Trípoli e foi para Sirte, onde acabou sem água e sem local para fugir.
Kadafi, já sabendo que as Forças Armadas da Otan estavam por todo seu país, tentou ir passar seus últimos momentos de vida na aldeia de Jaref. Ao partir pela manhã, seu comboio foi atingido por aviões da OTAN, ferindo o líder líbio. Kadafi sofreu um segundo ataque aéreo e foi atacado por grupos financiados pelo imperialismo.
Em meio a tiroteios, Kadafi foi alvejado na cabeça. O comandante da brigada que capturou Kadafi disse que foi assim que ele morreu; vídeos independentes porém, mostram que ele foi capturado vivo, mas morreu sob a tutela de quem o capturou.
A morte de Kadafi mostra as milhares de conspirações efetuadas pelo imperialismo em países em desenvolvimento por todo o mundo. Naquele momento, o então primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, afirmou que a morte de Kadafi tinha sido efetuada por drones. Diversos países da África assinalam a grande influência de agentes secretos franceses, país então governado por Nicolás Sarkozy.
A imprensa capitalista mostra seu caráter pérfido que atravessa constantemente seu verniz democrático: fotos ensanguentadas, dilaceradas, baleada de Kadafi foram publicadas, republicadas e transmitidas pelos maiores jornais, agências de notícias e telejornais de todo o mundo. O caráter fascista dessa imprensa venal apareceu de forma inegável.
O jornalista Abdel Baset bin Hamel diz:
“Cinco anos depois da morte de Muammar Kadhafi, guerra civil na Líbia continua.O ex-presidente foi morto a sangue frio perante câmeras de celulares e com o consentimento de vários países, incluindo EUA. O que aconteceu no país pode ser descrito como a realização dos objetivos individuais das grandes potências”.
A famosa “liberdade” imperialista foi trazida ao país: um país devastado e sem um governo definido; abutres de todas as “espécies” tentam saquear o petróleo nacional; brutal crise econômica; blecautes diários; duas moedas; sem um governo central efetivo; novo mercado de escravos. O país africano com o melhor IDH durante o regime de Kadafi foi reduzido a pó.
Esse cenário de devastação aconteceu no Iraque, Síria, Iêmen. Em partes na Ucrânia e Afeganistão. Os ataques econômicos acontecem na América Latina em países como Honduras, Equador, Paraguai, Argentina, Colômbia e Brasil. E com o roubo do petróleo brasileiro e a ascensão do fascismo, nosso país pode muito bem entrar em uma guerra civil, com a total intervenção do imperialismo, como aconteceu na Líbia.