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Ditadura espanhola

20/12/1973: primeiro-ministro espanhol Carrero Blanco é assassinado

O atentado cometido pelo ETA coloca em crise a ditadura franquista e abre caminho para a transição democrática no país.

Há quase 50 anos, foi assassinado o último chefe de governo da ditadura franquista. De 1939 a 1975, a Espanha foi dominada por um regime militar de características fascistas. Seu chefe maior foi o “Generalíssimo” Francisco Franco, que comandou o regime até sua morte, quando passou a sucessão para a Monarquia espanhola.

Entretanto, já no início da década de 1970, o regime se apresentava em franco desgaste, e as mobilizações populares estudantis e operárias eram cada vez maiores. A partir do descontentamento popular, ganha força o partido “Pátria Basca e Liberdade”, Euskadi Ta Askatasuna, que ficou mais conhecido como ETA). Este movimento adere à luta armada visando a independência do pobo basco e o fim da ditadura. Em 1968, o ETA assassinou um comissário de polícia que praticava torturas. Mais dois ou três assassinatos de oficiais ocorrem nos anos seguintes, e o ETA passa a ser considerado pela ditadura franquista um “grupo terrorista”.

Em junho de 1973, Franco nomeou para Primeiro-Ministro, Carrero Blanco. A nomeação visava abrir caminho para sucessões “dentro do regime”, já que o próprio general Franco se via em condições de saúde cada vez piores. Entretanto, 5 meses depois, a 20 de dezembro, Carrero Blanco seria assassinado pelo ETA. Uma bomba foi colocada sob o asfalto, no local por onde passou o carro do militar.

Na verdade, o ETA passara os 5 meses anteriores, cavado um túnel subterrâneo, a partir de um apartamento alugado nas proximidades da rua onde o veículo oficial costumava transitar. A explosão lançou o carro no ar e abriu um buraco

De imediato, houve o medo de que o assassinato desencadeasse uma retaliação do governo militar, que iniciasse uma onda maior de repressão e perseguição. Mas o fato é que o atentado deu uma demonstração clara e contundente da disposição de luta das forças populares, abrindo a maior crise sofrida pela ditadura franquista. No ano seguinte, Franco é internado e passa o cargo ao Príncipe espanhol, mas a situação política e econômica o obriga a aceitar uma abertura democrática. Com a anistia ampla espanhola, nenhum dos organizadores do assassinato foi preso.

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