No último sábado (22), moradores da pacata cidade de Jati, cerca de 500 km da capital Fortaleza, no Ceará, se assustaram e foram retirados às pressas de suas moradias, em uma medida preventiva contra um desastre eminente, um “Brumadinho pt. 2”. O fato ocorrido aconteceu em decorrência de um rompimento em uma das barragens no trecho da obra de transposição do Rio São Francisco no mês de junho.
No dia 26/06/2020, Bolsonaro desembarcou no Ceará para participar da cerimônia de inauguração de um dos trechos da obra de transposição do Rio São Francisco, obra essa que foi projetada e iniciada pelos governos petistas de Lula e Dilma. No discurso de inauguração, o golpista saudou os ruralistas, alguns dos seus principais apoiadores.
A participação da direita fascista na inauguração, além de servir como medida popular para com os ruralistas, mostra um tipo de política muito corriqueiro dentre os que pouco fazem pelo trabalhador. Usar a força dos trabalhadores da construção civil como palanque eleitoral, com o claro apoio da imprensa burguesa, que não poupa esforços para exaltar esse tipo de ato.
Infelizmente, quem paga pelos atos irresponsáveis da direita e de Bolsonaro é o povo, que é obrigado a, novamente, evacuar suas casas e deixarem para trás tudo o que conquistaram com seu sangue e suor, afinal, nada é dado para os trabalhadores, tudo é por ele conquistado. Com isso, vemos que a direita não se preocupa em provocar outros desastres como o de Brumadinho, pelo contrário, ela se preocupa apenas com seus próprios interesses.
Como era de se esperar, Bolsonaro e sua equipe não se pronunciaram sobre o ocorrido, inclusive, a imprensa golpista foca apenas em questões como a de Queiroz, e o presidente em mais uma fala fascista, diz que tem vontade de bater em um jornalista, um claro atentado contra o direito da imprensa. E mesmo que finja se solidarizar com o ocorrido, sabemos que o responsável tem nome e sobrenome.