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No governo Fleury

2/10/1992: polícia assassina 111 pessoas no Massacre do Carandiru

No dia 02 de outubro de 1992, a Tropa de Choque do estado de São Paulo assassinou 111 pessoas que não ofereciam resistência nem perigo aos policiais.

Há exatos 27 anos acontecia uma das maiores chacinas da história do Brasil. Em um evento noticiado por todo o mundo, cerca de 76 policiais invadiram a Casa de Detenção de São Paulo e assassinaram 111 presidiários que não ofereciam resistência nem perigo a nenhum dos policiais. A operação foi autorizada na época pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo na época, Pedro Franco de Campos, que diz não ter consultado o governador Luiz Antônio Fleury Filho. No entanto, o próprio Fleury alegou que, caso chegasse à sua mesa o pedido da operação, teria aceitado.

Após a renúncia de Pedro Franco de Campos, o golpista Michel Temer assumiu a secretaria de Segurança Publica e anunciou, como medida de reação ao massacre, que os policiais tivessem repouso e meditação. Ou seja, mataram 111 pessoas e ganharam folga por isso.

O motivo para a Tropa de Choque ter entrado no presídio foi uma rebelião que se iniciou após uma briga entre os presos no Pavilhão 9. A tropa, comandada pelo coronel Ubiratan Guimarães, foi incumbida de entrar no local e acalmar a situação, no entanto, a Tropa de Choque entrou na prisão armada e fuzilou 111 pessoas.

O evento traumático rende até hoje momentos de indignação por parte do povo brasileiro. Enquanto a direita tenta justificar a morte de 111 pessoas com as mais absurdas justificativas, a população pobre, que até hoje sofre nas mãos da polícia militar, sabe que as mortes se deram como parte de uma política de repressão contra a população pobre e negra no Brasil.

A cultura popular brasileira tratou de lembrar para sempre o que ocorreu no dia 2 de outubro de 1992. Em músicas dos mais variados gêneros musicais, como o rap dos Racionais, Sabotage, Facção Central, Pavilhão 9, ao thrash metal do Sepultura e o tropicalismo de Caetano Veloso e Gilberto Gil. O dia também inspirou o livro Estação Carandiru (1999), do médico Dráuzio Varella, que fazia trabalho voluntário no presídio, que inspirou o premiadíssimo filme do diretor argentino e brasileiro Hector Babenco, Carandiru (2003).

O caso do Carandiru é muito emblemático, pois mesmo antes de ocorrer o massacre, o presídio já era referenciado na cultura popular brasileira. Uma das principais torcidas organizadas do Corinthians, a Pavilhão 9, fundada em 1990, leva justamente o nome do pavilhão em que se iniciaria a briga que resultaria no massacre por parte da polícia. O nome da torcida se dá como homenagem ao time de futebol Casa de Detenção do Carandiru.

Há teorias que afiram também que o inicio das atividades do Primeiro Comando da Capital, o PCC, ocorreu justamente como uma maneira de se lutar contra a opressão vivida pelos presidiários no sistema carcerário paulista, após o massacre ter ocorrido.

A polícia até hoje persegue a população pobre no Brasil. Tanto no estado de São Paulo, quanto em todos os outros (veja o exemplo da polícia do Rio de Janeiro agora, com o Witzel) a polícia é uma arma das classes dominantes para oprimir a população da classe trabalhadora. Somente com a extinção da polícia e com o direito da população realizar sua própria defesa é que poderemos falar realmente em segurança para as classes pobres.

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