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PCO e Comitês convocam

1º de Maio na Paulista terá caravanas de todo o Brasil

Realizar um expressivo e combativo em São Paulo, que pelo desenvolvimento político e pelas tradições da luta da classe operária no País tem um papel de liderança nacional

O Partido da Causa Operária (PCO), os Comitês de Luta de todo o País, junto com a Corrente Sindical Nacional Causa Operária e Coletivos da Juventude, como a Aliança da Juventude Revolucionária (AJR), como o Coletivo de Negros João Cândido, e das Mulheres, Coletivo Rosa Luxemburgo, iniciaram nesta semana uma ampla campanha de convocação de um 1º de Maio de luta, com um Ato Nacional, a ser realizado na Avenida Paulista, a partir das 15h.

Uma situação explosiva

O Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores ocorre no momento em que a situação do País (e em todo o Mundo), assume – cada vez mais – contornos explosivos diante do brutal avanço da crise histórica do capitalismo que criou condições para o advento da pandemia da covid-19 e se vê impulsionada por ela.

O Brasil é, sem dúvida alguma, por conta das condições impostas pelo golpe de Estado (2016), um dos países em que a pandemia potencializa de forma exponencial a crise capitalista, por conta da política da burguesia golpista e de seus governos (Bolsonaro e demais governos da direita) de “deixar morrer” a população e “socorrer” os grandes capitalistas.

Por conta disso, chegamos facilmente – em números reais – perto de 500 mil mortos na pandemia, recordes de desemprego (que atinge mais da metade da classe trabalhadora), de fome (mais de 120 milhões de brasileiros em situação de “insuficiência alimentar”) e de miséria provocados pelas demissões, pela redução dos salários e pela ausência de qualquer política real de socorro à população. O “auxílio emergencial” deixou de ser pago durante três meses, perdeu metade do seu valor miserável após seis meses da sua criação e, atualmente, tem valor médio de R$ 250,00, equivalente a ⅓ do valor de uma única cesta básica na maioria das capitais brasileiras (para uma família média de quatro pessoas seriam necessárias três cestas básicas, segundo o DIEESE).

Todo esse retrocesso social, sem igual em nossa história, gera uma enorme revolta e alimenta claras tendências explosivas, que se expressam (ainda timidamente) na rejeição crescente ao governo, no apoio escancarado ao ex-presidente Lula e numa tendência de luta, contida pela covardia das direções da esquerda burguesa e pequeno burguesa e da burocracia sindical que acompanha sua política de conciliação.

Necessidade de organizar a revolta

Como em toda a América Latina e até mesmo em países imperialistas (como os EUA) a crise atual tende a dar lugar a uma revolta popular, que precisa ser organizada e impulsionada para dar lugar a uma saída favorável aos trabalhadores diante da crise.

Não fazer isso seria abdicar da defesa da sobrevivência e das condições mais elementares de vida da classe operária e de todos os trabalhadores, em um momento em que a situação está cada dia mais insustentável e pode dar lugar a uma explosão social.

Nestas condições, uma mobilização política tem um caráter fundamental no sentido de apontar uma direção, uma alternativa própria dos trabalhadores diante da crise.

Dando continuidade à política que levou cerca de duas mil pessoas às ruas no último dia 31 de Março, quando foram realizados atos, em mais de 30 cidades e em oito países no exterior, contra a ditadura de ontem e de hoje, os setores classistas que organizaram aquela jornada estão convocando um 1º de Maio de luta, cujo ato central ocorrerá na Avenida Paulista.

A mobilização para o ato tem como eixos as reivindicações mais sentidas do povo trabalhador, tais como a defesa da vacina já para todos, com a quebra das patentes e controle popular sobre a vacinação; a luta contra a fome, com a exigência de uma auxílio emergencial de verdade para todos os trabalhadores, que não poderia ser menor do que um salário mínimo (o qual deveria ser aumentado para atender às necessidade vitais de uma família trabalhadora); o combate contra o câncer do desemprego, com a imediata redução da jornada de trabalho para o máximo de 35 horas semanais, sete horas por dia.

A estas e outras reivindicações dos explorados diante da crise é preciso levantar eixo políticos fundamentais diante da crise, como a luta pelo fora Bolsonaro, Doria e todos os golpistas, e a defesa do imediato lançamento da candidatura de Lula, por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo.

Essa perspectiva se opõe à paralisia da maioria da esquerda e da burocracia sindical, que fecharam suas sedes há mais de um ano e abandonaram qualquer perspectiva de luta real e ameaçam repetir a política vergonhosa adotada no ano passado, quando – em um verdadeiro ultraje à luta dos trabalhadores – realizaram um “ato” (uma live) de 1º de Maio para o qual convidaram alguns dos maiores carrascos do povo brasileiro como FHC, João Doria (ambos do PSDB), Rodrigo Maia (DEM) etc.

Caravanas de todo o País

O objetivo é fazer um expressivo e combativo ato em São Paulo, que pelas características do desenvolvimento político do país e pelas tradições da luta da classe operária brasileira tem um papel de liderança na luta do conjunto do proletariado nacional.

Para o Ato Nacional na Avenida Paulista, estão sendo organizadas caravanas de todas as regiões do País e de várias regiões do Estado de São Paulo e realizado um amplo trabalho de convocação pelos Comitês e Coletivos, agrupando além de militantes do PCO,  companheiros de outros setores da esquerda, do PT e da base de quase todos os demais partidos.

Nas caravanas e nos atos serão adotadas todas as devidas medidas de proteção sanitária diante da pandemia. Mas não é possível abdicar da luta, justamente, no momento em que a classe trabalhadora mas depende da sua mobilização para derrotar a ofensiva da direita. 

Destacamos abaixo algumas das cidades/regiões nas quais estão sendo organizadas caravanas para o Ato Nacional em São Paulo. Nos próximos dias vamos destacar, neste Diário, mais detalhes para os interessados em participar da organização das caravanas e/ou contribuir com as mesmas.

  • Porto Alegre
  • Florianópolis e Blumenau/SC
  • Curitiba, Londrina e Paranaguá/PR
  • Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Niterói e Volta Redonda/RJ
  • Vitória
  • Belo Horizonte e Contagem/MG
  • Brasília
  • Goiânia
  • Cuiabá e Cáceres/MT
  • Campo Grande
  • Salvador, Feira de Santana e Porto Seguro/BA
  • Maceió
  • Recife e Olinda/PE
  • João Pessoa e Campina Grande/PB
  • Fortaleza
  • Teresina
  • São Luíz
  • Rio Branco
  • Manaus
  • Araraquara, Campinas, Piracicaba, Sorocaba, Jundiaí, Bauru, Marília/SP

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