Hoje é o dia 1º de Maio! Um dia internacional de luta, um dia em que os trabalhadores de todo aderem a uma greve mundial. O feriado de 1º de Maio foi uma conquista à força da luta dos trabalhadores e de suas organizações. A burguesia internacional foi obrigada a ceder esse dia aos trabalhadores.
Por isso mesmo, os capitalistas procuram transformar o Dia do Trabalhador em um mero feriado, dia de festa ou simplesmente – o que é ainda mais cínico – em “dia do trabalho”. Como é natural, a burguesia procura esconder o verdadeiro significado desse dia de luta.
Por isso, até mesmo a burocracia sindical é influenciada pela campanha que procura deturpar o 1º de Maio. Ao invés de convocar um dia de enormes mobilizações, um dia em que os trabalhadores estão em luta pelas suas reivindicações e em memória de seus mártires, a burocracia tende a transformar o dia em um mera formalidade ou pior ainda em uma festa que não só está longe de defender os interesses dos trabalhadores como está em oposição a eles. Esse é o caso, por exemplo, da Força Sindical.
Essa “central” sindical, comandada por velhos pelegos oriundos da ditadura militar, foi criada nos escritórios da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), ou seja, pelos patrões, no início dos anos 90 como uma tentativa de diminuir a influência da CUT. A Força Sindical tradicionalmente organiza um enorme evento, regado com dinheiro dos capitalistas, com mega shows com atrações musicais da moda e distribuição de prêmios como automóveis e apartamentos. Na realidade, o evento da Força Sindical sempre foi um tapa na cara dos trabalhadores, um verdadeiro escárnio contra a luta do povo.
Esse ano, o ato de 1º de Maio precisa levantar não só as reinvidicações históricas dos trabalhadores mas também a luta contra o golpe e todos os golpistas, que passa por exigir a liberdade de Lula e o “fora, Bolsonaro”.
Com o aprofundamento da crise política com o golpe de Estado, a Força Sindical foi de certa maneira forçada a participar do mesmo ato que a Central Única dos Trabalhadores. O ato unificado, que além de CUT e Força reúne também todas as outras ditas “centrais”, tem o mérito de ter arrastado até mesmo a ala mais direitista da burocracia sindical. Ao mesmo tempo, esse fato é contraditório. A presença da Força e das outras centrais pelegas acabou arrastando a CUT para a organização de um ato despolitizado, com a presença de atrações musicais que nada têm a ver com a luta dos trabalhadores e pior ainda, com um chamado sem a defesa da liberdade de Lula, sem uma palavra de ordem contra Bolsonaro e o golpe, apenas palavras de ordem genéricas e um crítica à reforma da Previdência.
Apesar de todas as críticas que se possa fazer, é necessário estar no ato com as palavras de ordem próprias dos trabalhadores: a luta pela liberdade de Lula e o fora Bolsonaro e as reivindicações históricas dos trabalhadores. É preciso mobilizar o povo contra os golpistas. Por isso, o PCO convoca seus militantes e simpatizantes a estarem nas ruas em todo o País.