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17 de agosto de 1918 – assassinato do bolchevique Moisei Uritski

Dia de Hoje na História – Há 101 anos, o revolucionário bolchevique Moisei Uritski era assassinado pelo cadete do Exército Branco Leonid Kannegisser, em Petrogrado. Uritski então era o chefe da Polícia Secreta Comunista, a Tcheka, e estivera à frente das forças militares durante a Revolução de Outubro de 1917, tendo sido um dos organizadores do soviete de São Petersburgo na revolução de 1905.

Moisei Solomonovich Uritski nasceu em 1873 em uma família judia na cidade de Cherasky, na Governação de Kiev – hoje Urcânia. Órfão de pai, desde cedo precisou trabalhar como professor para se manter. Estudou Direito na Universidade de Kiev, quando filiou-se ao Partido Operário Social-Democrata Russo, onde ajudou a contrabandear literatura política e a montar a imprensa partidária. Em 1897, seria preso e exilado por editar um jornal mimeografado.

Filiou-se à União Judaica Trabalhista da Lituânia, Polônia e Rússia – Bund – tendo se alinhado com os mencheviques em sua terra natal em 1903, a partir do 2º Congresso da Social-Democracia Russa – liderados por Julius Martov. Organizaria o soviete de São Petersburgo com Leon Trótski, conduzindo a revolução de 1905, duramente esmagada pela repressão do tzar. Mais uma vez, Uritski seria preso e deportado para a Sibéria.

Com o início da Primeira Guerra Mundial, emigraria para a França e depois para a Dinamarca, tornando-se articulista em jornais socialistas. Retornaria à Rússia somente em 1917, em meio ao processo revolucionário, quando finalmente se uniria aos bolqueviques, sendo designado membro do Comitê Central do Partido em julho.

Seria um dos organizadores do Comitê Militar Revolucionário em outubro. No dizer de Anatoly Lunacharsky: “naqueles dias e noites Moiseis Uritsky nunca dormia. A seu redor, um grupo de homens de grande força e perseverança. Mas, enquanto estes se cansavam, eram liberados e faziam turnos no trabalho, Uritski – de olhos vermelhos pela falta de sono, mas tão calmo e sorridente como sempre – mantinha seu posto na poltrona em que todos os fios se encontravam, e de onde emanavam todas as orientações para aquela improvisada, crua, mas poderosa organização revolucionária”. Segundo John Reed, Uritski teria auxiliado Trótski na articulação da política externa. Por ter se posicionado contrariamente ao Tratado de Brest-Litovsky – pelo qual a Rússia se retirava da Guerra – pediu afastamento do Comitê Central juntamente com Bukharin, Bubnov, Piatakov, Dzherzhinsky e Smirnov.

Em março de 1918, Urisky passou a publicar com Radek um jornal de oposição de “esquerda comunista” chamado Kommunist, a qual submeteria no congresso extraordinário do Partido as Teses sobre a Situação Presente. Naquele mês, foi nomeado Comissário de Assuntos Internos na Região Norte na Polícia Secreta Comunista, a Tcheca, responsável por identificar e processar os agentes da reação tzarista e do imperialismo. Com o início da guerra civil em maio, retornaria ao Comitê Central.

Em agosto, em frente ao prédio em que trabalhava, Moisei Uritski seria assassinado pelo cadete imperial Leonid Kannegisser. Sua morte veio na esteira do assassinato de Volodarsky, ocorrido em junho, e antes de um atentado a tiros a Lenin, que ocorreria no dia 30 de agosto. Também seriam feitas tentativas de atentados a bomba ao trem em que Trótski comandava o Exército Vermelho na guerra civil que se seguira à Revolução. Os atentados motivariam uma política de extermínio sistemático de agentes da reação conduzida pela própria Tcheca, e que ficaria conhecida pela propaganda anticomunista como Terror Vermelho.

 

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