A luta pela libertação e soberania nacional foram aspectos fundamentais da corrente política do nacionalismo africano.
O movimento de libertação das colônias, que já se desenvolvia há décadas, ganha forte impulso com o fim da Segunda Guerra Mundial. O Congo era uma colônia dos belgas, que, por sua vez, realizaram todos os tipos de atrocidades contra a população congolesa. Na Conferência de Berlim (1885), o território africano foi repartido entre as potências coloniais europeias da época, cabendo uma parte aos belgas.
O rei da Bélgica tratava a população como seus escravos pessoais. Somente em 1908, sob pressão internacional, o Rei Leopoldo renuncia à sua possessão pessoal, que passa a ser um território administrado formalmente pelo Reino da Bélgica.
O Congo Belga se transforma em República do Congo em 1961. Três anos depois, surge a República Democrática do Congo.
Patrice Émery Lumumba foi fundador do Movimento Nacional Congolês (MNC) e uma liderança na luta pela libertação nacional, tendo participação decisiva na libertação do seu país do jugo imperialista europeu.
Lumumba defendeu as concepções pan-africanistas, que afirmavam a solidariedade entre os povos africanos, independentemente da nação, cultura, etnia, tribo, língua, classe e gênero. O antiimperialismo era uma outra marca do nacionalismo africano, que se opunha à dominação imperialista sobre o continente africano.
Em 1960, Patrice Lumumba é eleito primeiro-ministro do Congo. Seu governo durou três meses, pois um golpe de Estado liderado pelo coronel Joseph Moutu e organizado pela Agência Central de Inteligência (CIA, siga em inglês) o derrubou. Ao tentar fugir para o leste do país, Lumumba seria capturado algumas semanas mais tarde. Seu assassinato, que ocorreu em janeiro de 1961, teve participação do governo dos Estados Unidos e da Bélgica, que viam o líder congolês como alinhado à União Soviética.
O imperialismo, por meio das agências de inteligência, organizou a execução de diversas lideranças do movimento nacionalista africano nas décadas de 1950 e 1960. Tratava-se de impedir que houvesse uma agitação política entre os povos africanos, que levasse à revolução social e a subversão da ordem capitalista em nível global.
Patrice Lumumba foi mais uma vítima do imperialismo. Os golpes de Estado tinham por finalidade interromper a revolução anticolonial em curso na África. O projeto do imperialismo é manter os povos africanos acorrentados para poder se apropriar das suas riquezas e recursos naturais.