O resultado da carnificina implementada pelos patrões aos trabalhadores é alarmante. Mais de 4,5 milhões de acidentes e doenças ocupacionais ocorridos durante sete anos são números que correspondem a uma infinidade de países, uma verdadeira calamidade pública.
São computadas, em média, cerca de 2.500 mortes por ano.
Os dados são do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), porém, esses dados são subestimados, uma vez que há um enorme contingente de trabalhadores, podendo ser até três vezes maiores do que a quantidade anunciada.
Os patrões representantes do ramo de atividades de frigoríficos são, de longe, os maiores causadores dessa tragédia, por estarem classificados em primeiro lugar em acidentes e doenças do trabalho no setor industrial.
Essa hecatombe tem como causa a péssima condição de trabalho, o excesso de horas trabalhadas, falta de equipamentos de proteção e segurança (EPIs), ausência de manutenção nos maquinários, falta de proteção, bem como, o esforço físico repetitivo, enfim o tratamento escravo imposto pelos patrões aos seus funcionários, tendo como consequência, lesões, traumas e mortes.
Resta ao conjunto dos operários se organizar junto aos sindicatos combativos e de luta para impor derrotas aos patrões por meio de greves com ocupação das fábricas, tomar as fábricas ficando sob o controle dos trabalhadores.