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05/03/1871

150 anos do nascimento de Rosa Luxemburgo

Defendia o protagonismo das lutas de massas, entendendo que a emancipação das mulheres só seria possível com a revolução socialista e o fim da escravidão econômica do matrimônio

No dia 5 de março de 1871, nasceu Rosa Luxemburgo (Róża Luksemburg – em polonês) em Zamość, pequena cidade no sudoeste da Polônia sob o domínio do Império russo. Era a quinta filha de Lina Löwenstein e Eliasz Luxemburgo, uma família judia emancipada e culta.

Rosa Luxemburgo foi uma das mais importantes militantes revolucionárias e teóricas marxistas. Atuou com êxito na superação dos desafios colocados para a classe operária na II internacional, contribuindo na Revolução Russa e na construção da III Internacional.

Sua obra é reconhecidamente importante para as lutas da vanguarda operária tanto naquele momento da história da humanidade, como para os dias de hoje.

No seu aniversário de 150 anos não podemos de esquecer da sua trajetória.

1873 – Vai com a família para a capital, Varsóvia. Devido a um problema no quadril, tem uma perna engessada e permanece na cama durante um ano. Por consequência, Rosa fica com uma perna mais curta e manca por toda a sua. Aprende ler e a escrever com 5 anos, e muito cedo aprende também a língua alemã e a russa.

1880 a 1887 – Estuda no II Ginásio para moças, um colégio russo. Como secundarista iniciou sua militância política, na clandestinidade, no Partido Revolucionário Proletário.

1888 – Foge de Varsóvia cruzando a fronteira com o Império alemão, para não ser detida pela polícia imperial russa.

1889 – Entra na Universidade de Zurique (Suíça), a única de toda a Europa que aceitava mulheres. Se matricula em zoologia e técnicas laboratoriais e de microscopia. No semestre seguinte abandona as ciências naturais, tema pelo qual sempre foi apaixonada, e passa a assistir a aulas de economia, filosofia e direito.

1890 – Conhece Leo Jogiches, também militante socialista polonês, que trabalhará politicamente em estreita colaboração com Rosa, pelo resto de suas vidas e com o que se tornará seu marido por 15 anos.

1893 – Funda com Leo Jogiches, Julian Marchlewski e Adolf Warski  a Social-Democracia do Reino da Polônia (SDKP).

1897 – Obtém título de doutorado em Direito e Ciência Política. Se casa com Gustav Lübeck, filho de um casal de amigos, a fim de obter a cidadania alemã e poder exercer nesse país a militância política – expressamente proibida para estrangeiros –, o jornalismo e a pesquisa teórica.

1898 – Publica “O desenvolvimento industrial da Polônia”, versão revista de sua tese de doutorado. Muda-se para Berlim e milita pelo Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD).  Conhece Clara Zetkin, que se torna sua amiga e companheira de luta por toda vida.

1900 – Publica “Reforma social ou revolução?”, livro que compila uma série de artigos contra as posições revisionistas de Eduard Bernstein, um dos fundadores do SPD.

1904 – Participa do Congresso da Segunda Internacional Socialista em Amsterdã. Assim que volta a Berlim, fica três meses na prisão acusada de insultar publicamente o imperador da Alemanha, Guilherme II. Publica “Questões de organização da social democracia russa”.

1905 – Muda-se para Varsóvia, para ajudar o levante revolucionário russo, sendo presa por três meses e ameaçada com a pena de morte.

Durante a Revolução Russa de 1905, colocou-se ao lado dos bolcheviques russos contra os mencheviques, posicionando-se sempre a favor de que a classe operária é quem deveria dirigir a luta por seus interesses.

1906 – Regressa à Alemanha e participa do Congresso do SPD em Mannheim, no qual defende sua visão da greve de massas como ferramenta de luta política, posição rejeitada pelo partido. Devido a seus discursos no Congresso, a justiça imperial a condena a dois meses de prisão por “instigação à luta de classes”. Publica “Greve de massas, partido e sindicatos”.

1907 – Em sua casa de Berlim se instala Constantin “Costia” Zetkin, filho menor de Clara, com quem começa uma relação amorosa que dura com intermitências até 1912.

Fica na prisão durante dois meses por seus discursos públicos antimonárquicos e a favor da ação direta.

Se incorpora como professora à escola de formação política do SPD, assumindo até1913 os cursos de História Econômica e Economia Política.

1910 – Rompe sua relação política e pessoal com Karl Kautsky, devido a suas divergências em relação à luta de massas.

1913 – Publica “A acumulação do capital”, obra em que demonstra a urgência histórica da dissolução do capitalismo. É detida pela justiça imperial por “instigação à desobediência das leis e contra as disposições da autoridade”.

1915 – Funda a Liga Spartakus (futuro Partido Comunista Alemão), junto com Karl Liebknecht, Clara Zetkin e Franz Mehring. O grupo defendia que os soldados alemães abandonassem a guerra para iniciar uma revolução no país.

1915 – Condenada a um ano de prisão por sua militância antimilitarista e contrária à guerra, onde escreve, além de panfletos e documentos contra a guerra, “A crise da social-democracia”, também conhecido como brochura de “Junius”, devido ao pseudônimo com que assina.

1916 – Sai da prisão num estado de saúde precário. É esperada por centenas de mulheres trabalhadoras que a recebem com flores e aplausos. É novamente detida e permanece na prisão durante o resto da guerra. Traduz textos e escreve as “Cartas de Spartakus”.

1918 – Escreve na prisão notas que serão publicadas no final de 1921 com o título “A Revolução Russa”. Artigo visionário e muito crítico sobre pontos centrais como reforma agrária, autodeterminação dos povos, democracia e terror de Estado.

1918 – É libertada, vive clandestinamente em Berlim e dirige “A Bandeira Vermelha”, jornal oficial do spartakismo. Redige o programa “O que quer a Liga Spartakus?”.

1919 – Em 15 de janeiro, logo que escrevem seu último artigo “A ordem reina em Berlim” e “Apesar de tudo”, Rosa e Karl Liebknecht são detidos e assassinados em Berlim por soldados de uma das milícias criadas pelo governo social-democrata.

Em maio o cadáver de Rosa é encontrado perto da ponte Freiarchenbrücke, nos arredores de Berlim. No dia 13 de junho é enterrada junto a Leo Jogiches, Karl Liebknecht e muitos outros mortos na insurreição de janeiro. O cortejo fúnebre se converte em uma poderosa manifestação.

1926 – Inauguração de um monumento em sua homenagem, que foi destruído pelos nazistas em 1935. Os corpos de Rosa Luxemburgo, Karl Liebknecht e outros desapareceram.

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