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Coronavírus

15 mil venezuelanos devem voltar a seu país para se proteger do Covid

Diferente dos países imperialistas e dos vizinhos submissos a eles, a Venezuela dá o exemplo do que um governo que pensa no povo pode e deve fazer

O modo de produção capitalista, em sua crise terminal, não consegue nem mesmo manter seus escravos vivendo como escravos. Essa é a condição da classe trabalhadora sob o domínio do capitalismo na etapa imperialista. Logo, na sociedade burguesa vive-se sempre no limite da miséria, e cada vez mais ultrapassando-o. Essa situação desumana tem várias expressões: saúde e educação públicas sucateadas, ataques aos direitos trabalhistas e aposentadorias, baixos salários, desemprego e falta de proteção efetiva contra o mesmo.

Se isso tudo que foi descrito é o cotidiano sem uma pandemia global, imaginem vivendo no meio dela e de um colapso econômico – o maior da história do capitalismo – resultado do colapso não resolvido de 2008.
Não precisamos imaginar: basta verificar o vexame que tem sido a situação dos Estados Unidos da América, o país mais rico do mundo, em não ter respiradores suficientes para seus doentes da COVID-19. Ou o colapso de todo o sistema de saúde italiano. O que estamos vendo nada mais é que o resultado do neoliberalismo, da aceitação e aplicação das regras do Consenso de Washington, e que podem ser resumidas nesta regra: nenhuma ajuda para o povo, e tudo para os capitalistas.

A imprensa burguesa mostra toda essa situação agravada pela pandemia como resultado de um fenômeno da natureza, e não como algo que poderia ser evitado. E para corroborar essa mentira, omitem a situação dos países que vão no sentido oposto. Afinal, como justificar a escandalosa ineficácia dos países mais ricos do mundo se países com muito menos recursos conseguem agir da forma correta?

Um país que está tratando como se deve sua população em meio à pandemia é a Venezuela, apesar de todo o bloqueio econômico criminoso imposto pelos EUA, e que impede a república bolivariana de comprar os medicamentos e equipamentos de que tanto precisam.

Apenas lembrando das primeiras medidas sociais colocadas em prática na Venezuela, há duas semanas estão proibidas as demissões e cobrança de aluguéis. Estão proibidos os despejos e cortes de serviços essenciais. Os salários também estão garantidos. Algumas dessas medidas tem validade de seis meses e outras vão até o fim deste ano.

Tudo isso em escala nacional e sem a demora que o governo brasileiro tem mostrado para liberar a esmola de R$ 600,00.

Além disso, o governo da Venezuela tem recebido cada vez mais os seus cidadãos que emigraram para os países vizinhos, como resultado da dificuldade econômica que viviam na Venezuela, decorrente do bloqueio asfixiante levado a cabo pelos EUA e pela sabotagem das burguesia local.

É claro que na grande imprensa capitalista não veremos nada desse movimento de retorno dos venezuelanos, ao contrário da ampla cobertura que deram ao movimento contrário, mas sem jamais terem falado da verdadeira causa dos problemas econômicos na Venezuela.

Também não serão noticiadas as condições degradantes em que esses repatriados estavam nos países vizinhos, já que a crise econômica agravada pela pandemia fez muitos deles perderem seus empregos (quando os tinham) e muitos irem morar nas ruas.

A expectativa do governo venezuelano é de receber 15 mil cidadãos. Quem já está retornando é testado para a COVID-19 logo que chega e, caso o resultado seja positivo, vai para o hospital. Caso dê negativo, vai para lugares reservados ou hotéis destinados à quarentena.

A propósito, relativamente aos testes, a vice-presidenta Delcy Rodríguez afirmou em 5 de abril: “Até o dia de hoje temos realizado 54.248 testes, o que nos dá um número de 1.750 testes por milhão de habitantes. Isso nos coloca na vanguarda e em primeiro lugar em testes realizados para a detecção do coronavírus na região”.

Número de testes realizados acima do que os países da região tem feito, garantia de moradia e de condições dignas para toda a população enquanto enfrentam a crise e tratamento adequado, seja nos hospitais ou em isolamento. Esse é o balanço de um governo que pensa na população em primeiro lugar e não em ficar dando ajuda trilionária para os bancos e reduzir salários para agradar aos capitalistas, enquanto posterga o pagamento do vale-esmola de R$ 600,00.

Um último detalhe: a Venezuela ofereceu enviar máquinas para detecção da Covid-19 para a Colômbia, apesar de seu governo capacho dos EUA estar sempre ameaçando e provocando a república bolivariana. Como é de se esperar de um governo que não pensa no próprio povo, a oferta foi recusada na semana passada.

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