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Golpe

14/09/1960: CIA promove golpe no Congo

Assim como em dezenas de outros países, os EUA e a CIA estiveram por trás arquitetando o golpe no Congo, a fim de controlar suas riquezas.

Após a CIA organizar muito bem um golpe de Estado no Congo, em 14 de setembro de 1960 Mobuto Sese Seko passa a ter o controle da República do Congo, mantendo Patrice Lumumba, combatente da independência, em prisão domiciliar e mantendo o golpista Joseph Kasavubu como presidente. O imperialismo estava de olho no Congo Belga por ser um dos maiores exportadores de urânio do mundo, material fundamental para a construção da bomba atômica, para os EUA durante a II Guerra e a Guerra Fria.

Os nativos do Congo nunca tiveram nenhum poder de decisão, todo o destino do país e de sua população estava era decidido em Bruxelas. Contudo, essa situação começa a incomodar até a alta classe congolesa, que dá início a uma campanha para reverter a situação. Em 1959 acontecem as primeiras eleições livres, ganhas pelo movimento liderado por Lumumba, o Mouvement National Congolais. Depois de muita articulação do imperialismo, em 30 de junho de 1960, forma-se um governo de coalizão com Patrice Lumumba como primeiro-ministro e Joseph Kasavubu como presidente. Contudo, a crise e o clima de guerra foram iminentes.

Assim, Lumumba fez de Mobutu o comandante-em-chefe do Exército, que acabou por convencer os soldados a voltar para os quarteis. Mobutu, fantoche da CIA, ainda tratou de trazer de volta à soberania do Congo, as secessionistas Katanga e Kasai. Lumumba ainda tenta solicitar a ajuda de Washington para conter um possível caos, mas não é nem recebido presidente dos EUA, ao passo que dá início a uma aproximação com a URSS, cuja ajuda não foi negada e durante algumas semanas, recebeu uma grande quantidade de ajuda militar.

Cinco anos depois, com o Congo assolado pela exponencial instabilidade e descontentamento da população, Mobutu, tenente-general apoiado pela CIA, derruba Kasavubu em 1965,  e após um golpe de Estado Mobutu se autoproclama chefe de Estado, convocando eleições presidenciais em que ele era, estranhamente, o único candidato. Mobutu foi acusado de dezenas de violações aos direitos humanos, repressões, culto extremo à personalidade e alta corrupção.

Em 17 de janeiro de 1961, na província de Katanga, agentes do colonialismo belga com a conivência de traidores congoleses assassinam de forma brutal Patrice Lumumba. Apesar do Congo ser um dos países mais ricos da África, o governo de Mobutu tratava sua população da pior forma possível, marginalizando-os à completa miserabilidade, a dívida externa chegou a atingir os 12 bilhões de dólares enquanto sua fortuna pessoal alcançou sete bilhões de dólares.

O golpe que o Congo sofreu foi brutal, tudo para retirar do poder um governo nacionalista. E, claro, o imperialismo sempre esteve por trás da imensa maioria dos golpes de Estado por todo o mundo, até os dias de hoje. O regime caótico de Mobuto chegou ao fim em 1997, após 32 anos afundando o país. Ele morreu de câncer de próstata no exílio em Marrocos, em 1997.

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