As Forças de Defesa de Israel invadiram o sul do Líbano no dia 14 de Março de 1978.
A guerra civil libanesa se desenvolvia como um conflito entre a maioria cristã e a minoria muçulmana que compunham a estrutura social e política do país. A luta de classes no país havia chegado ao nível da guerra civil, isto é, a luta armada aberta entre as classes sociais pelo controle do poder do Estado. Esta guerra civil teria grandes implicações internacionais e foi cenário de intervenção do imperialismo, interessado em manter o controle sobre a região e impedir a existência de focos revolucionários que desestabilizassem seus postos, seus interesses econômicos e influência política no Oriente Médio como um todo.
No sul do território libanês encontrava-se a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que na época combatia de forma armada e pregava a política de total destruição do Estado de Israel. Os israelenses colocaram em prática a Operação Litani, com o objetivo de atacar as bases da OLP no sul do Líbano e finalmente expulsá-la do território libanês.
As forças militares israelenses conseguiram remover a OLP da região e iniciaram uma ocupação militar que durou até o ano de 2000, quando foram expulsas pelas forças do Hezbollah que causaram numerosas baixas no Exército de Israel, o que aprofundou a crise política interna em Israel. Em sua ocupação, os israelenses promoveram uma série de massacres com apoio de milícias fascistas, destruíram a capital Beirute e ocasionaram uma profunda destruição econômica. Os palestinos foram os principais alvos dos massacres.
Como regra, o Estado de Israel agiu como fantoche do imperialismo mundial, que visa manter sua dominação sobre os povos do Oriente Médio e ter acesso aos seus recursos naturais, em especial as abundantes jazidas de petróleo. O controle político sobre o Líbano era e continua sendo parte fundamental da política do imperialismo no Oriente Médio.