As organizações indígenas do Brasil estão preocupadas com as ações do fascista, eleito através de um golpe, Jair Bolsonaro para atacar as terras indígenas. O levantamento realizado pela própria Fundação Nacional do Índio (Funai) revela que há 130 terras indígenas em processo de demarcação e que podem ser paralisadas, ou o que é mais provável, que sejam extintas. Atualmente, o Brasil tem 436 terras indígenas plenamente reconhecidas e mais de 530 que ainda não foi iniciado nenhuma etapa do processo de reconhecimento e demarcação.
Isso porque Bolsonaro pretende paralisar completamente as demarcações de terras indígenas e ainda rever as já demarcadas. Após ser eleito declarou em entrevista que “no que depender de mim, não tem mais demarcação de terra indígena” e que “as reservas foram superdimensionadas”.
Com essas duas declarações, os movimentos indígenas estão preocupados em uma ofensiva nunca antes vista contra os direitos dos povos indígenas. A não demarcação de terra indígenas podem intensificar ainda mais os conflitos de terra e aumentar a violência por parte dos latifundiários.
Outra questão é que a não-demarcação e a revisão das terras indígenas já demarcadas pode levar os indígenas a um processo de miséria absoluta, pois vão ser forçados a saírem de suas terras para morarem em beira de estradas ou nas periferias das grandes cidades.
Os indígenas estão no alvo do governo do fascista Jair Bolsonaro. Bolsonaro está colocando nos ministérios e secretarias pessoas que sempre atuaram contra os povos indígenas. são latifundiários ligados a invasões de terras indígenas e formação de milícias para atacar as aldeias e acampamentos.
Além de extinguir autarquias importantes, como por exemplo a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e criar secretarias ligadas aos ministérios controladas diretamente controladas por militares e latifundiários.
Tudo isso porque os golpistas querem entregar as terras indígenas que possuem riquezas naturais, como recursos genéticos e minerais, para latifundiários, mineradoras, grileiros de terra e madeireiras. É o preço que esses capachos do imperialismo vão ter que pagar para os países estrangeiros que financiaram o golpe de Estado em 2016 e a fraude que levou Bolsonaro a presidência.
Além de ficarem preocupados, os indígenas devem se organizar em comitês de autodefesa para garantir os seus direitos da maneira necessária e pelos próprios indígenas. É preciso se unificar com outros movimentos de luta pela terra e de trabalhadores da cidade para derrotar a extrema direita.