No dia 13 de dezembro de 1981 entrou em vigor na Polônia a Lei Marcial que visava derrotar a mobilização do Sindicato Solidariedade e manter o poder nas mãos da burocracia que se apoderou do poder na União Soviética. A lei marcial, posta em vigor pouco mais de um ano após a regularização do Solidariedade, ampliou o Estado de Exceção na Polônia e expandiu a perseguição política aos movimentos de oposição acarretando centenas de prisões de lideranças e a proibição de várias organizações políticas.
A Lei Marcial durou até 22 de julho de 1983, e o saldo da sua aplicação foi terrível: centenas de execuções políticas, prisões arbitrárias e dezenas de tentativas de esmagar o movimento de oposição. Apesar de a lei ter sido encerrada em 1983, a lei de anistia geral que permitiu a libertação dos presos políticos só foi colocada em vigor cerca de três anos depois, já em 1986.
O responsável por decretar a lei marcial foi o General Jaruzelski, Secretário do Comitê Central do Partido Operário Unificado Polaco, que atuava na Polônia como um legítimo representante da burocracia soviética, levando adiante a contra-revolução nos países sob o domínio da URSS.
A contra-revolução foi o principal fator de desagregação dos Estados Operários na Europa, pois levou adiante uma política extremamente antipopular e repressiva, atuando contra os movimentos dos trabalhadores. Este processo contribuiu para que, após a dissolução da URSS, estes Estados fossem dominados por regimes ainda mais reacionários e direitistas que impuseram duras derrotas ao movimento operário e a suas organizações, como foi o caso da própria Polônia.