No dia 13 de abril de 1953 era ativado pelo Diretor da CIA, Allen Dulles, o projeto MKULTRA. Dulles dizia que o projeto era para “criar técnicas de romper a psique humana ao ponto de fazer com que o indivíduo admita que fez qualquer coisa, seja o que for”, em outras palavras, tinha como objetivo criar e desenvolver drogas e técnicas de tortura para utilizar em interrogatórios.
Os experimentos ilegais eram realizados sem o consentimento das vítimas, muitas vezes estrangeiras, que nunca chegaram a ser totalmente identificadas ou indenizadas. Um dos únicos casos que veio a tona foi o do cientista Frank Olson, que morreu após ter sido dopado de LSD pela CIA, a agência alegou que havia sido um suicídio mas sua família tenta até hoje reunir documentos para provar o contrário.
Os métodos de tortura do MKULTRA eram variados: desde drogas que visavam alterar as funções do cérebro humano e manipular o estado mental dos indíviduos até confinamentos, expêriencias de quase-morte, privação dos 5 sentidos, privação de sono, experiências de escravidão, choques elétricos, esfolamento da pele, etc.
Um dos meios para esconder que os recursos injetados no MKULTRA tinham relações com a CIA era através da Fundação Rockfeller, que apesar de dizer que seu trabalho era dedicado ao desenvolvimento de pesquisas médicas em benefício da sociedade, financiava esses e outros experimentos.
Mais de 30 universidades e instituições participaram de experimentos, incluindo Harvard, que teve 22 alunos como cobaias que foram colocados sob extremo estresse com ataques aos seus egos, ideias e crenças para observarem suas reações.
Em 1977 foi revelado que “A própria CIA diz reconhecer que tais experimentos faziam pouco sentido científico. Os agentes da CIA que monitoravam tais testes com drogas não eram sequer qualificados como cientistas especializados à observação de experiências”.
Até hoje, grande parte dos documentos mais específicos do MKULTRA são considerados secretos. O programa supostamente terminou no final dos anos 60, mas pesquisadores afirmam que o projeto muito provavelmente foi apenas interrompido ou escondido para continuar sendo praticado clandestinamente, o que evidencia a barbárie do imperialismo.