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Dia de Hoje na História

13/06/1888: nasce o poeta português Fernando Pessoa

Do nascimento de Fernando Pessoa disse ele próprio: “Um raio hoje deslumbrou-se de lucidez. Nasci.” Então, “como se uma janela se abrisse, o dia já raiado raiou”.

Do nascimento de Fernando Pessoa disse ele próprio, “Um raio hoje deslumbrou-se de lucidez. Nasci.” Então, “como se uma janela se abrisse, o dia já raiado raiou”. É quarta-feira, 13 de junho de 1888. O amplo apartamento, no 4º andar esquerdo, exibe luxo burguês — incompatível com os poucos recursos da família que o habita. Em lugar das janelas dos apartamentos inferiores, esse tem portas protegidas por pequenos balcões de ferro. De duas delas se vê o Tejo “sobre umas casas baixas”….

Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa, 13 de junho de 1888 e, morre aos 47 anos em Lisboa, aos 30 de novembro de 1935. Foi um poeta, filósofo, dramaturgo, ensaísta, tradutor, publicitário, astrólogo, inventor, empresário, correspondente comercial, crítico literário e comentarista político português.

Dos filhos nascidos na Jangada de Pedra (foi assim que a chamou Saramago a Portugal em um de seus livros) Fernando Pessoa é o mais universal poeta português. Por ter sido educado na África do Sul, numa escola católica irlandesa, chegou a ter maior familiaridade com o idioma inglês do que com o português ao escrever os seus primeiros poemas nesse idioma.

Foi chamado de “Whitman renascido”, pelo crítico literário Harold Bloom, considerado um dos 26 melhores escritores da civilização ocidental (nota-se, não apenas da literatura portuguesa mas também da inglesa).

Fernando Pessoa traduziu várias obras em inglês (de Shakespeare e Edgar Allan Poe) para o português, e obras portuguesas (nomeadamente de António Botto e Almada Negreiros) para o inglês. Contudo, das quatro obras que publicou em vida, três são na língua inglesa e apenas uma em língua portuguesa, intitulada Mensagem.

Pessoa de tão grande em gênio não cabia em si, desdobrou-se, multiplicou-se. Enquanto poeta, escreveu sob diversas personalidades – heterónimos, como Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro –, sendo estes últimos, objeto da maior parte dos estudos sobre a sua vida e obra.

Criou um monumento poético sem igual e inimitável. Robert Hass, poeta americano, diz: “outros modernistas como Yeats, Pound, Eliot inventaram máscaras pelas quais falavam ocasionalmente… Pessoa inventava poetas inteiros.”

Fernando Pessoa, faleceu em Portugal. Foi internado no dia 29 de Novembro de 1935, no Hospital de São Luís dos Franceses, em Lisboa, com diagnóstico de “cólica hepática” causada por cálculo biliar associado a cirrose hepática. Morreu no dia 30 de Novembro, pelas 20h00, com 47 anos de idade. No dia anterior, tinha escrito a sua última frase, em inglês: “I know not what tomorrow will bring” (“Não sei o que o amanhã trará”). O funeral realizou-se a 2 de Dezembro no Cemitério dos Prazeres.

Fernando Pessoa escreveu poemas e adágios, traduziu grandes obras. Sua produção é vastíssima e, imortal:

O poeta é um fingidor.

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.

Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.

Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se não o fizerem ali?

Sentir é criar. Sentir é pensar sem ideias, e por isso sentir é compreender, visto que o Universo não tem ideias.

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