No dia 12 de Setembro de 1924, nascia na cidade de Bafatána Guiné Portuguesa, Amílcar Lopes Cabral, que viria a ser um dos maiores líderes da esquerda nacionalista dos movimentos de libertação das colônias africanas. Tendo vivido até aos 8 anos na antiga Guiné Portuguesa, atual Guiné-Bissau, e posteriormente se mudando aos 8 anos para Cabo Verde.
Em 1945 conseguiu uma bolsa de estudos para estudar em Lisboa, onde teve contato com grupos anti-fascistas e marxistas que ajudaram a moldar seu pensamento. Contratado pelo governo português para trabalhar como adjunto nos Serviços Agrícolas e Florestais da Guiné, teve de viajar o país, o que somando com seu conhecimento avançado sobre a sociedade da época, fez com que tivesse feitos como o de criar a criação da primeira a Associação Esportiva, Recreativa e Cultural da Guiné, aberta a todos os guineenses e despertando a atenção do governo da colônia, que o exilou na Angola, onde se juntou ao Movimento Pela Libertação de Angola (MPLA).
Em 1959, funda o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), tendo adesão de inúmeros trabalhadores e realizando greves de imediato, com imensa repressão do governo colonial. O partido sai da ilegalidade 4 anos mais tarde, mesmo ano em que tem início a luta armada contra a Metrópole Portuguesa.
Foi assassinado em 20 de Janeiro 1973 por dois membros traidores de seu próprio partido. Sua morte polarizou ainda mais a população, que proclama a independência em 24 de Setembro de 1973.
A repressão contra o povo dos países africanos por parte das metrópoles europeias eram imensas, com torturas, assassinatos e a supressão de direitos democráticos e trabalhistas. A luta pela independência trouxe inúmeros ganhos para os povos e, inclusive, teve influência direta na revolução portuguesa de 1974.
Uma das célebres frases de Amílcar é: “Perguntar-nos-ão se o colonialismo português não teve uma ação positiva na África. A justiça é sempre relativa. Para os africanos, que durante cinco séculos se opuseram à dominação colonial portuguesa, o colonialismo português é o inferno; e onde reina o mal, não há lugar para o bem”.