Em 12 de março de 1918 em plena guerra civil russa do governo Bolchevique, vitorioso das revoluções de fevereiro e outubro de 1917, contra os exércitos contrarrevolucionários da burguesia imperialista, Moscou se torna novamente capital do país.
No momento a cidade estava ocupada por 178.500 soldados do Exército Vermelho, sendo o seu quartel general e se tornou referência na luta dos revolucionários conferindo-lhe importância decisiva nos principais acontecimentos políticos do país, ultrapassando assim a capital anterior São Petersburgo, a qual foi capital entre 1713-1728 e 1732-1918 do Império Russo.
Moscou acumula uma longa história de batalhas, ocupações e lutas contra invasões de povos estrangeiros, tendo destaque as invasões pelos Mongóis em 1278, dos Tártaros nos séculos XIV e XVI e, principalmente, a invasão do exército de Napoleão Bonaparte em 1812 que foi humilhado pela estratégia russa e teve boa parte do seu exército dizimado. Os Nazistas também atacaram a cidade durante a segunda guerra mundial, à partir de 1941, com grandes bombardeios, mas não chegaram a ocupar a cidade, a qual teve novamente a sua população evacuada.
A metrópole foi fundamental para a luta dos trabalhadores russos contra os exércitos contrarrevolucionários por sua posição central que facilitava a comunicação entre as diversas regiões da Rússia. Durante a guerra civil, sua população foi bastante reduzida, em parte pelo êxodo, em parte pela fome ocasionada pela guerra, provocada pelos ataques da burguesia imperialista.
Após o fim da guerra civil e a consolidação da União Soviética em 1922 a cidade voltou a recuperar sua população, retomando a atividade econômica. À partir de 1927 passou a receber grandes investimentos em infraestrutura, tendo como um dos principais símbolos a rede de metrô subterrâneo, que continuou a ser ampliada e atualmente é das maiores do mundo com 346 Km, se tornando uma das maiores cidades do mundo, atualmente 6ª maior com quase 12 milhões de habitantes. Destaque também para monumentos como o Kremlin, a Praça Vermelha, a Catedral de São Basílio e o Teatro Bolshoi.
Durante as quase sete décadas de existência da União Soviética, Moscou foi uma referência para todo o movimento organizado dos trabalhadores, local que, apesar de todas as contradições e traições da burocracia soviética, concentrava uma certa admiração nostálgica advinda da maior vitória dos trabalhadores contra a opressão da burguesia capitalista, a Revolução russa de 1917.