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Dia de Hoje na História.

11/10/1865: ocorre a Revolta de Morant Bay na Jamaica

Os jamaicanos protestavam contra a injustiça e a pobreza a qual eram submetidos. A Revolta de Morant Bay foi afogada em sangue pelos britânicos.

A Revolta de Morant Bay foi um episódio crucial no processo de luta pela emancipação da Jamaica.

No passado, este país localizado na região do Caribe foi uma colônia britânica. A rebelião de Morant Bay, ocorrida no mês de outubro de 1865, durou 12 dias e deixou um saldo de 600 mortos. Os rebeldes independentistas, liderados por Paul Bogle, cercaram o palácio da justiça e entraram em combate com a milícia que protegia o prédio governamental.

O governador nomeado pelos britânicos, Edward John Eyre, decretou lei marcial e enviou tropas para combater os rebeldes. Estes últimos foram massacrados e a rebelião completamente debelada. Cerca de 300 rebeldes foram presos, dentre eles diversos inocentes, e se procedeu à sua execução em massa. Para os condenados que não foram executados, longas penas de prisão e chicotadas foram impostas.

A revolta teve início com uma passeata de centenas de pessoas armadas com pedras e paus em direção ao tribunal judicial. A milícia que protegia o prédio atirou contra os manifestantes e sete foram mortos pelas balas. Como resposta, o prédio do tribunal foi invadido e incendiado. O motivo  dos protestos era a injustiça com que os britânicos tratavam os jamaicanos e a miséria generalizada que imperava no país.

Esta foi a repressão mais severa dos britânicos na história das Índias Ocidentais. A violência da repressão aos rebeldes foi tamanha que suscitou acalorados debates na Inglaterra, com protestos em relação às medidas inconstitucionais e violentas do governador John Eyre.

Na década de 60 do século XIX, as tensões se acirraram na ilha caribenha. Nas eleições de 1864, somente dois mil homens negros (às mulheres era proibido o direito de voto) eram aptos a votar, isso em uma população de 436 mil. Além disso, este ano se verificou a ruína da colheita e a ilha foi abatida por surtos de cólera e varíola. A situação dos ex-escravos, que há pouco haviam sido libertos, piorava de forma aguda. A indústria do açúcar, uma das bases econômicas do país, encontrava sérias dificuldades, com muitas falências, o que gerava desemprego e aprofundamento da miséria. Começou a circular rumores entre os ex-escravos de que os fazendeiros buscavam a restauração da escravidão. Todos estes elementos, combinados, geraram a situação que desencadeou a revolta.

O episódio demonstra que a política dos britânicos em relação aos povos submetidos à sua dominação sempre foi a repressão sangrenta. Isso porque, na época, os britânicos já estavam em um sistema político democrático-burguês, com instituições parlamentares. A democracia dos ingleses não pôde aceitar que os rebeldes jamaicanos protestassem contra a violência a qual era submetidos e a miséria a eles imposta.

 

 

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