Como toda revolução que ocorre em uma metrópole, a Revolução dos Cravos em Portugal foi responsável por abalar a já grave situação política em todas suas colônias.
Tendo perdido um século antes sua principal colônia, o Brasil, Portugal se concretizou como uma força imperialista decadente, que ainda mantinha em sua política neocolonial países africanos.
Contudo, após a Revolução dos Cravos e a queda do fascismo em Portugal, todos estes países restantes viram em sua população uma grande radicalização e o desenvolvimento de manifestações que estavam dispostas a finalmente limpar do mapa o que já eram ruínas de um período de colonização que por tanto tempo manteve-se. Sendo Guiné-Bissau, o caso que deu o ponta pé de partida para uma gigantesca onda de mobilização em todo continente.
Em 1953, havia se formando no país um importante movimento de independência, o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde). Tal partido, foi liderado por Amílcar Cabral, iniciando na década de 60 a luta armada contra o regime colonial.
Cabral veio a ser assassinado em 73, acentuando a crise que teve como desfecho a declaração unilateral do PAIGC pela independência da Guiné-Bissau, em 24 de setembro de 1973.
Todavia a independência, mesmo reconhecida por vários países africanos e governos operários de todo mundo, demorou cerca de um ano para ser finalmente aprovada por Portugal, quando em 10 de setembro de 1974, o governo português abandona a capital Bissau, graças a revolução que acontecera em seu país.
Com isto, Guiné e Cabo Verde, até então estados a parte, se uniram em uma única nação comandada pelo PAIGC, algo que durou até 1980, quando após um golpe de estado, o país voltou a uma crise gigantesca, responsável por mudanças drásticas em seu governo e pela queda incessante de lideres.
Já o imperialismo Português sofreu uma queda em sua influência mundial para um segundo plano de países, enquanto EUA, Inglaterra entre outros, lideravam de vez como principais países imperialistas.