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1 de julho de 1876: morre o anarquista Mikhail Bakunin

Em 1º de julho de 1876, aos 62 anos, morreu o revolucionário russo, Mikhail Bakunin, um dos principais líderes anarquistas da época. Nasceu em Premukhimo, na rússia, no dia 30 de maio de 1914.

Sua família nobre era defensora do regime Czarista. Seu pai, Alexander Bakunin era adepto do liberalismo e defensor da Revolução Russa, até as revoltas das forças armadas russas contra o Czar Nicolau I, quando então com medo de um levante passou a defender lealmente o império retrógrada.

Mikhail foi enviado a São Petesburgo aos 14 anos para estudar na Universidade da Artilharia, onde completou seus estudos, em 1932 e se tornou, dois anos seguinte, oficial júnior da Guarda Imperial Russa.

Porém, a insatisfação do jovem Bakunin era crescente, em um período em que já havia entrado no exército, e este começou a se indispor com os altos oficiais, saindo após o ultimato de um superior.

Em contradição à carreira que seu pai queria para ele, Bakunin decidiu ir à Moscou estudar filosofia. Bakunin aprofundou-se no idealismo, com grupos universitários agrupados em torno do poeta Nikolay Stankevich, que segundo E. H. Carr, é “o arrojado pioneiro que expôs ao pensamento russo o vasto e fértil continente da metafísica alemã”.

Bakunin, interessado na filosofia alemã, começou a estudar Goethe, sendo autor da primeira tradução de sua obra para o russo.

Neste período Bakunin começa a se aproximar de núcleos socialistas e pan-eslavos.

Em 1840, Bakunin vai à Berlim com objetivos de estudar e tornar-se professor universitário. Mas une-se à esquerda Hegeliana, da qual também fazia parte Karl Marx, e publica em 1942, um ensaio, A Reação na Alemanha, onde propagandeou a ideia de uma ação revolucionária para destruir tudo. “A paixão pela destruição é uma paixão criativa”,com a ideia de que é preciso destruir para criar.

Começou a se desvincular da vida acadêmica para fazer política e, preocupados com a subversão, o governo russo ordenou-lhe a voltar a seu país, ao que ele recusou, e teve todas suas propriedades confiscadas pelo Estado, em 1944.

Bakunin aproximou-se de uma dos principais dirigentes da classe operária na época, Wilhelm Weitling, o que lhe fez ser investigado pela polícia, por conta da correspondência apreendida quanto Weitling foi preso.

O russo passou a viajar de país em país, conhecendo os círculos comunistas, socialistas e anarquistas da época. Em 1844, Bakunin foi à Paris onde estabeleceu contato com Karl Marx e o anarquista Pierre-Joseph Proudhon – estabelecendo laços pessoais e políticos mais fortes com o francês. Nesta época também, Bakunin foi condenado ao exílio perpétuo por Nicolau I da Rússia.

Bakunin então iniciou uma campanha ferrenha contra o Estado czarista. Denunciando a opressão aos povos poloneses e chamando a mobilização para derrubar o despotismo na Rússia, sendo expulso da França por conta disso. Bakunin passou a exercer um papel importante no sentido da campanha de luta dos povos eslavos.

 

O anarquista

Com o passar do tempo, Bakunin tornou-se um dos principais nomes do anarquismo. Tendo uma posição centrista, muitas vezes errada e capituladora, entre o individualismo do anarquismo de Prodhon, que já havia sido superado, e o socialismo científico de Karl Marx e Friederich Engels, que estavam realizando um intenso trabalho de organização da classe trabalhadores, em partidos, sindicatos e associações. 

As divergências entre o marxismo e o bakuninismo foram crescendo até um certo ponto, que os preconceitos idealistas da Bakunin e suas ações descentralizadoras estavam levando a uma organização geral da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT), e por isso teve de ser expulso pelos comunistas.

Os últimos anos de Bakunin foram de degeneração. Defendendo a religião do socialismo “libertário”, baseado em um idealismo abstrato, contra o “socialismo autoritário”, que era maneira a qual ele denominava o socialismo científico dos marxistas. A atuação política foi decaindo, e o político russo se isolando. Enquanto isso, a política correta dos marxistas fazia aparecer em todos os lugares da Europa, partidos operários fortes, capazes de intervir na situação com uma força nunca antes vista pelos trabalhadores.

Porém, as divergências não devem servir para basear toda a concepção em cima de Bakunin. Era um líder da esquerda pequeno-burguesa, de fato. Mas um homem que dedicou sua vida à revolução, apesar de toda a confusão e os preconceitos. Foi preso em diversas vezes por suas ações revolucionárias, assim como também fugiu da prisão diversas vezes.

Leia aqui uma das principais polêmicas dos marxistas com Bakunin. No texto, Bakuninistas em ação, de Friederich Engels, é denunciado o caráter desorganizador da Bakunin e seus militantes.

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