Há 25 anos, o Conselho Legislativo da Palestina começava a exercer suas funções pela primeira vez. Entre suas responsabilidades estão a segurança interna e ordem pública nas zonas autônomas palestinas, bem como a fiscalização das finanças públicas. Sua criação é resultado do Acordo de Oslo II em 1995, as eleições garantiram mais de 75% dos 88 assentos ao Fatah, organização liderada por Yasser Arafat, sua inauguração contou com representantes de 60 países e as primeiras atividades aconteceram em 7 de março de 1996, “Dia da Democracia”.
A Palestina esteve integrada a Transjordânia, uma região do Oriente Médio com saída para o Mar Mediterrâneo e para o Mar Vermelho, que esteve sob domínio do Império Otomano por 800 anos. O controle da Palestina foi planejado em meio a Primeira Mundial e expresso pela “Declaração de Balfour” em 1917.
Em 1922, os países vencedores, a Liga das Nações, aprovam o “Mandato Britânico da Palestina”. Em 1923, a Transjordânia foi reconhecida como estado com ascensão de Abdalá, filho mais velho do xerife Huciene de Meca, velho aliado dos britânicos. Assim, a Palestina, com saída para o Mar Mediterrâneo, foi separada da Transjordânia por uma seção que corta o Mar Morto até a saída para o Mar Vermelho.
O Mandato Britânico da Palestina tinha como objetivo, sob a desculpa de criar “um lar nacional para os judeus”, controlar a região. Em 1947, após a Segunda Guerra Mundial, que aumentou a pressão pela autodeterminação dos povos, foi aprovado a “Resolução 181” pela Organização das Nações Unidas (ONU), que criava o estado de Israel, uma forma de manter o domínio da Palestina. O plano inicial era destinar 53% do território a 700 mil judeus e 47% para 1 milhão e 400 mil árabes.
Assim como a Liga Árabe (Egito, Síria, Líbano e Jordânia), os palestinos se opuseram a decisão da ONU e os conflitos se intensificaram na região. Em 1964, foi fundada a “Organização para Libertação da Palestina” – OLP, compostas por vários grupos políticos, organizou tática de guerrilhas para atacar Israel a partir de bases na Jordânia, Síria e Líbano, bem como, dentro do país a partir da Faixa de Gaza e da Cisjordânia (territórios que os palestinos reivindicam soberania). A OLP foi considerada uma organização terrorista pelo imperialismo.
Os Acordos de Oslo, assinados na Noruega, que garantiram a vitória do partido de Yasser Arafat (Fatah), foi rejeitada pelos grupos políticos mais radicais da OLP. Atualmente, o movimento Hamas, criado em 1986 e considerado terrorista pelo imperialismo, superou a representação do Fatah no Conselho Legislativo da Palestina com mais de 55% dos atuais 132 assentos.
Israel e o imperialismo continuam a promover um verdadeiro genocídio contra os palestinos, que já perderam o controle de mais de 60% de seu território. A luta por uma Palestina livre é parte da luta pela libertação de todos os povos do mundo aplastados pelo imperialismo.